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Chuva na Bahia afeta abastecimento de frutas no Paraná

Débora Damasceno
Débora Damasceno
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#souagro| A chuva da última semana na Bahia já reflete no mercado paranaense de frutas. Um dos produtos principais é o mamão que por conta dos temporais teve queda na oferta no mercado. Olivar da Rocha que é assessor da gerência regional oeste da Ceasa em Cascavel, diz que o abastecimento já foi afetado.

“Isso que está ocorrendo no estado da Bahia, afetou bastante a produção do mamão formosa. Tanto a oferta no mercado diminuiu bastante, quanto a qualidade também.”

 

Atualmente 80% do mamão formosa que entra no mercado paranaense vem da Bahia, o Espírito Santo também é fornecedor, mas em uma escala bem menor. O que tem dificultado a chegada do produto ao Paraná é também a logística, como explica Olivar.

“São dois fatores que tem ocorrido que contribuíram com essa falta no mercado. Primeiro, o excesso de chuva faz com que o mamão  não adquira o ponto ideal de colheita, ele não amadurece. Porque o mamão precisa de calor, precisa de sol, então afeta bastante a qualidade. E outro fator que também contribuiu é que os caminhões não conseguem descer, buscar o produto e algumas roças de difícil acesso, isso fez com que faltasse bastante mamão no mercado. Isso não acontece só no Paraná, Cascavel é a nível de Brasil.”

 

Outro produto que afetou um pouco também, foi a manga Tommy, mas nada comparado ao mamão. O que mais impactou foi na qualidade da manga, mesmo ela sendo mais resistente  ao excesso de chuva, mas no caso desta fruta o mercado busca outras alternativas para evitar o desabastecimento.

“A gente consegue trazer  do estado de São Paulo, grande produtor de manga também. Para amenizar a falta do mercado, né?”, explica Olivar.

 

Preços

Como sabemos: alta demanda e pouca oferta resulta diretamente nos preços. No caso do mamão o produto já está sendo vendido com preço 100% mais alto que no ano passado.

“Para vocês terem uma ideia, em relação ao mercado de Cascavel o ano passado nós vendíamos o preço do mamão a R$ 5/kg. Hoje está sendo vendido a R$ 10/kg, então o aumento foi de 100%. Já no caso da manga o aumento foi em média 20% por conta das alternativas para abastecer o mercado. Então a tendência enquanto não parar essa chuva é esse preço alto. Acredito eu que a partir do momento que reduzir bastante o excesso de chuva, com o tempo vai começar aos pouco normalizar o preço mas acredito só no começo do ano que vem”, finaliza Olivar.

 

Chuva na Bahia

As chuvas atingiram o sul da Bahia na semana passada e fizeram rios transbordarem, casas foram inundadas, e estradas e pontes destruídas deixando algumas cidades ilhadas e incomunicáveis. O governador da Bahia, Rui Costa, declarou situação de emergência em pelo menos 51 municípios.

Já o governo federal reconheceu até agora o estado de emergência em 24 municípios baianos. A produção agropecuária das duas regiões também foi atingida, afinal há agricultores familiares dedicados à produção de leite, mandioca, frutas, cana-de-açúcar e milho e muitas fazendas ainda estão isoladas  e o envio de produtos básicos depende de helicópteros. A população atingida passa  de 220 mil pessoas.

 

(Débora Damasceno/Sou Agro  – FOTO: Agência Brasil)

 

 

 

(Débora Damasceno/Sou Agro)

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