Carne de frango: exportação aumenta, mas cai dependência dos maiores importadores

Amanda Guedes
Amanda Guedes

Comparativamente ao mesmo período do ano passado, no primeiro semestre de 2021 somente dois países entraram para o ranking dos 10 principais importadores da carne de frango brasileira: Filipinas e Iêmen. Deixaram o ranking Cingapura e Kuwait.

Porém, entre os que permaneceram, houve algumas mudanças significativas. Por exemplo, o Japão, segundo colocado em 2020, reduziu suas compras em quase 4%, com isso caindo para a terceira posição. E quem trocou de posição com o Japão foi – nada mais, nada menos – que a Arábia Saudita. De quem se esperava forte queda nas importações, mas aumentou o volume importado em mais de 12%, gerando aumento de receita próximo de 30%.

Igualmente significativas são as ascensões da África do Sul (+26,95%), das Filipinas (+85,57%) e dos Países Baixos (+10,04%). Notar, de toda forma, que a receita deste último supera a dos outros dois países. Além disso, a subida dos Países Baixos da décima para a sétima posição é a melhor sinalização do retorno à normalidade no continente europeu (na 13ª e na 14ª posições, Reino Unido e Rússia, por exemplo, aumentaram suas importações em mais de 40%).

No sentido oposto, isto é, com volume e receita menores que as de um ano atrás, o destaque se concentra no mercado chinês. Isto é, não só na China (que, mesmo assim, permanece imbatível na primeira posição), mas também em Hong Kong (que recuou da sexta para a décima posição).

Juntos, China e Hong Kong acumulam redução em torno de 12%-14% no volume e na receita cambial, desempenho que redunda em menor participação nos resultados do semestre. A participação na receita, por exemplo, recuou de 25,97% há um ano para 20,26% neste ano.

Um dos efeitos dessa queda é que – mesmo tendo aumentado o volume em quase 6% e obtido aumento de receita próximo de 10% – as exportações brasileiras ficaram menos dependentes dos 10 primeiros importadores. Pois sua participação no volume total embarcado recuou de 66,19% para 62,61%; e, na receita cambial, de 69,83% (ou seja, praticamente 70%) para 64,11%.

Pelos dados da SECEX/ME constata-se que, no semestre, a carne de frango brasileira chegou a 152 países, um a menos que no mesmo período de 2020. Mas a diferença não se limitou a apenas um país. Não importaram, no semestre, países como República Eslovaca, Quênia, Camarões e Mongólia. Em contrapartida foram atendidos, entre outros, Síria, Belarus (antiga Bielorrússia) e Sudão.

FONTE: AviSite

(Amanda Guedes/Sou Agro)

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