Brasil ameaçado de ficar sem adubo para a safra

Sirlei Benetti
Sirlei Benetti

 

#souagro | Grande exportadora global de fosfato e demais insumos, a China começou o mês de agosto com um anúncio bombástico. Vai bloquear as exportações de fertilizantes, ameaçando deixar o Brasil sem adubo para a safra.

O anúncio foi feito pelas maiores empresas de fertilizantes chinesas como alternativa para blindar o mercado doméstico. Essa postura também se deve ao elevado valor dos insumos registrados em todo o mundo.

A China é considerada uma das maiores exportadoras de fosfato. No primeiro semestre deste ano, embarcou nada menos que 3,2 milhões de toneladas para compradores como Índia e Paquistão e 2,4 milhões de toneladas de ureia. A China justifica esse movimento para conter os meteóricos aumentos das matérias-primas.

No Brasil, o crescimento de 6% na demanda agrícola levou o mercado a fechar 2020 com crescimento na demanda de fertilizantes. Se isso se repetir em 2021, a expectativa é de superar 40 milhões de toneladas, um número excepcional. O panorama atual no Brasil é o seguinte: ureia: o baixo volume produzido pela China fez os preços ficarem acima da média no mercado global e ocorrer queda nas exportações. Amônia: a oferta limitada tem sustentado os preços do produto nos últimos meses. Fosfatados: expectativa de demanda fortalecida nas principais praças no começo de 2021. Potássio: altos estoques têm criado trajetória de desaceleração dos preços no mercado brasileiro.

(Vandré Dubiela/Sou Agro, com agências)

 

(Sirlei Benetti/Sou Agro)

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