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Armazenar energia é alternativa que vai ajudar produtores

Débora Damasceno
Débora Damasceno
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A partir de agora, os clientes da Copel podem instalar sistemas de geração solar fotovoltaica que permitem o armazenamento de energia. O cliente que possui uma central geradora e a conecta na rede de distribuição poderá usar essa energia de acordo com a sua necessidade. No caso de desligamento causado por uma tempestade, por exemplo, o consumidor pode usar a energia acumulada enquanto a rede estiver desligada.

A medida favorece especialmente unidades de produção rural sensíveis à falta de energia que demandam cargas baixas, como a fumicultura e a piscicultura. A novidade foi anunciada pela Copel e pela Secretaria estadual da Agricultura e Abastecimento no Show Rural, que acontece ao longo desta semana em Cascavel. Geração distribuída é um dos temas mais discutidos na feira este ano.

 

A solução que permite o armazenamento de energia chama-se inversor híbrido e é formada por baterias adaptadas. Com o equipamento, o consumidor pode escolher se usa a energia gerada pelos painéis e armazenada nas baterias ou a energia da rede da distribuidora. O uso do inversor foi autorizado recentemente pelo Inmetro, após anos de pesquisas realizadas para garantir a segurança da operação.

O Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná-Iapar-Emater (IDR-Paraná) sinalizou que estuda incluir os custos de implantação do sistema com o inversor híbrido nos financiamentos viabilizados pelo programa RenovaPR. Dependendo da situação, o custo do sistema pode aumentar entre 20% e 80%, em relação à estrutura com o inversor comum.

 

O RenovaPR apoia e fomenta a autogeração de energia elétrica no campo. O programa financia projetos de energia renovável a juro zero para agricultores e ajuda na viabilidade e competitividade dos seus negócios. Desde o seu lançamento, em 2021, já foram aprovados mais de 1.600 projetos de instalação de geração distribuída em propriedades rurais do Estado.

“O RenovaPR é uma iniciativa muito importante para o agronegócio e a Copel está dando apoio à geração distribuída. E isso traz duas importantes mensagens. Primeiro que o governo Ratinho Junior é um só, com diretriz única e objetivo de facilitar a vida das pessoas. A segunda grande mensagem é acabar com a ‘lenda urbana’ que a Copel é contra geração distribuída. Baixar a conta de energia é bom para todos, ajuda a todos”, afirmou o presidente da Copel, Daniel Slaviero.

 

“Hoje estamos desperdiçando fontes disponíveis renováveis, sustentáveis, modernas para produzir a própria energia com baixo custo. É uma visão moderna fazer sistemas próprios que vão se interligar com o sistema trifásico da Copel. Hoje temos ambiente regulatório favorável a esta interação. Eu não conheço outra capacidade instalada no Brasil que seja tão competente e competitiva como o agro, e para crescer tem que ter energia”, afirmou o secretário de Estado de Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara.

“A parceria com a Copel é importantíssima porque a companhia tem expertise em energia e nós temos a sensibilidade para o uso e as carências no meio rural. Por isso estamos somando forças para levar esta condição aos nossos agricultores”, completou.

 

AUTOGERAÇÃO DE ENERGIA NO PARANÁ

Atualmente, o Paraná possui 77.635 clientes que geram sua própria energia e estão conectados à rede da Copel pelo modelo da geração distribuída. O montante coloca o Estado em 5º lugar em número de consumidores conectados no Brasil. A geração solar, por meio de painéis fotovoltaicos responde por 77.447 conexões, o que representa 99,75% de todos os acessantes. Há ainda 126 unidades que empregam a biomassa como fonte, 27 hidráulicas e sete eólicas.

Grande parte das conexões se situa em municípios do Oeste e Sudoeste do Paraná. São regiões em que há grande incidência dos raios solares, o que aumenta a eficiência de painéis fotovoltaicos. O município de Foz do Iguaçu, por exemplo, possui 4.531 centrais solares e responde, sozinho, por 5,83% de todas as ligações do Estado. Destacam-se também municípios como Toledo, com 2.816 conexões, Cascavel (2.566), Marechal Cândido Rondon (1.735), Palotina (1.736) e Francisco Beltrão (1.131).

Na geração distribuída o consumidor utiliza uma fonte renovável para produzir a energia que consome. A instalação é conectada diretamente na rede de distribuição.Se a unidade geradora do cliente produzir mais energia do que consome, a sobra é transformada em créditos, que podem ser usados, em até 60 meses, para abater o valor correspondente na conta de luz.

 

Para gerar sua própria energia e obter compensação na conta de luz, é necessário seguir algumas etapas:

1) Conhecer as próprias necessidades – Antes de tudo, é necessário solicitar o apoio de um responsável técnico particular para compreender quais são as suas necessidades e dimensionar o potencial de geração de energia em sua unidade consumidora. O profissional também vai ajudá-lo no processo de solicitação de acesso à rede da companhia.

2) Preparar a infraestrutura para a geração de energia – Após escolher o modelo e a fonte de energia ideais para você, é hora de deixar tudo pronto. Com as orientações do responsável técnico, nessa etapa você vai investir na sua central geradora e deixá-la pronta para ser conectada à rede.

3) Solicitar conexão à rede da Copel – Nesse momento, você vai solicitar o acesso à rede de energia para a Copel. Se as suas instalações tiverem até 75kW de potência, seu sistema será de microgeração e você deve acessar o endereço do Projeto Elétrico Web (PEW) para fazer a solicitação: www.copel.com/pewweb. Se a potência de sua central de geração for entre 75kW e 5MW, a solicitação deve ser feita no sistema Conexão de Acessantes Web – CAW, no endereço www.copel.com/caw.

4) Conexão ao sistema – Depois que tudo estiver pronto e a Copel verificar a solicitação, a documentação e a central geradora, é feita a conexão ao sistema de distribuição de energia. Agora é possível começar a gerar energia e se beneficiar do Sistema de Compensação de Energia.

 

(FONTE: Agência de notícias do Paraná)

(Débora Damasceno/Sou Agro)

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