Imagem: Divulgação

Cultivo da erva-mate como gerador de créditos de carbono

Redação Sou Agro
Redação Sou Agro
Imagem: Divulgação

Um projeto com financiamento internacional quer fazer parceria com produtores e o setor público para investir no cultivo da erva-mate, a fim de expandir a geração de créditos de carbono. Elaborada pela Fundação Solidaridad e a Livelihoods Funds, a proposta foi apresentada durante a reunião da Câmara Setorial da Erva-mate, realizada de forma híbrida pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) nesta sexta-feira (13/12).

“Em nossa viagem para a China vimos que o mundo não tem como fugir da questão do crédito de carbono. A cadeia da erva-mate é a primeira em que começamos a trabalhar essas tecnologias, e a escolha é pela simbologia da erva-mate para os gaúchos, faz parte da nossa rotina”, destacou o secretário Clair Kuhn.

Frente parlamentar deve fortalecer o transporte ferroviário

Boa safra de algodão deve manter Estado na liderança

Atualmente, a Fundação Solidaridad conta com dois polos ervateiros gaúchos com unidades de estudo da Carbon Matte, ferramenta desenvolvida pela entidade e pela Embrapa Florestas com o objetivo de medir os estoques de carbono e as emissões de gases do efeito estufa nesta cultura.

“Queremos um diagnóstico para, em 2025, elencar o potencial da região em relação aos hectares que serão trabalhados em uma transformação em relação ao uso do solo. A meta é trazermos mais 10 mil hectares de cultivo de erva-mate, contribuindo para o fortalecimento da cadeia. Para isso, precisamos trabalhar de forma articulada com o setor produtivo e o governo, por meio desta Câmara Setorial”, explicou o coordenador do programa da erva-mate da Fundação Solidaridad, Gabriel Dedini.

A ideia é investir em novas áreas de cultivo de erva-mate, ou na recuperação de áreas degradadas, em três polos prioritários no Rio Grande do Sul: Alto Uruguai, Missões Celeiro e Nordeste Gaúcho. Os recursos virão do Livelihoods Funds, uma iniciativa de grandes empresas, sediada na França, com o objetivo de promover a agricultura de baixo carbono.

“As áreas financiadas pela Livelihoods têm contratos de 20 anos. A contrapartida do produtor é cuidar dos ervais, com apoio da Solidaridad e outros parceiros, e devolver o investimento, feito de forma antecipada, com crédito de carbono gerado nessas propriedades. Esses créditos serão calculados a partir do monitoramento do sequestro de carbono nas áreas plantadas”, detalhou Nicolas Fabre, agroecologista do fundo.

Outra pauta da reunião, o decreto que institui o Plano Estadual para Qualificação e Desenvolvimento Estratégico da Cadeia Produtiva do Mate Gaúcho (Planimate-RS) teve sua minuta revisada apresentada aos integrantes da Câmara Setorial, que aprovaram a redação final. O texto será apresentado oportunamente ao secretário da Agricultura, passará pela avaliação da assessoria jurídica da Seapi, até ser encaminhado à Casa Civil.

Participaram representantes das seguintes entidades: Associação dos Amigos da Erva-mate (AAErvamate), Associação dos Produtores de Erva-mate de Machadinho (Apromate), Associação dos Produores de Erva-mate do Alto Uruguai (Aspemate), Instituto Brasileiro da Erva-mate (Ibramate), Secretaria de Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), Secretaria da Fazenda (Sefaz) e Sindicato da Indústria do Mate no RS (Sindimate-RS).

(Com Agricultura/RS)

(Redação Sou Agro/Sou Agro)

Entre em um
dos grupos!

Mais Lidas

Notícias Relacionadas