Boletim mostra trégua das chuvas no mês de fevereiro

Sirlei Benetti
Sirlei Benetti

 

Depois de um janeiro extremamente chuvoso no Paraná com precipitações contínuas e em grandes volumes, ocasionando problemas para a agricultura, as chuvas deram uma trégua no mês de fevereiro. Em muitas regiões os totais de chuva deste fevereiro ficaram abaixo da média histórica para o mês. No Sul, Pato Branco com média histórica de 178,2 mm, registrou apenas 22,4 mm. Paranavaí, no Noroeste, registrou 20,8 mm em fevereiro, e a média histórica é de 169,7 mm. Em Londrina, Norte do Paraná, choveu 91 mm e a média histórica é de 187,1 mm. O município de Guarapuava, localizado no centro-sul, registrou o quantitativo de 24,8 mm de precipitação em fevereiro de 2021, ante média histórica de 168,9 mm.

De modo geral, esses menores índices pluviométricos registrados em fevereiro foram favoráveis para a agricultura paranaense, pois o elevado armazenamento de água no solo em decorrência das chuvas de janeiro aliou-se aos muitos dias ensolarados de fevereiro. Essa condição climática garantiu o bom crescimento e desenvolvimento das culturas e pastagens. Possibilitou a realização de tratos culturais para controle de pragas, doenças e ervas daninhas, a colheita da soja, milho, alfafa, frutíferas, mandioca, batata, feijão primeira safra e olerícolas, e também a semeadura do milho safrinha e feijão segunda safra. Ressalta-se que as colheitas e semeaduras foram realizadas em algumas áreas do estado, mas não foi geral. Diante disso, observa-se que precipitações abaixo da média histórica nem sempre são desfavoráveis para a agricultura, pois o sucesso dessa atividade depende de um conjunto de fatores.

Por outro lado, esse cenário mais seco registrado em fevereiro no Paraná provocou um aumento nas temperaturas máximas em grande parte do estado, em comparação às médias históricas. Em Guarapuava, por exemplo, a temperatura máxima ficou 0,9 graus acima da média histórica. Em Pato Branco registrou-se 0,8 graus, em Londrina, Paranavaí e Palotina, 0,6 graus acima de suas médias históricas de temperatura máxima (Tabela 1). Essas temperaturas elevadas foram prejudiciais às hortaliças, principalmente às folhosas, as quais são sensíveis às altas temperaturas, ocasionando problemas na germinação e desenvolvimento das plântulas, queima das folhas e menor qualidade e produção. A soja de ciclo normal também foi prejudicada, pois temperaturas elevadas aceleram a maturação e comprometem a produtividade e a qualidade dessa oleaginosa.

(Sirlei Benetti/Sou Agro)

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