Foto: Divulgação Primato

Já está circulando! Caminhão movido a biometano faz transporte de cargas do agro

Débora Damasceno
Débora Damasceno
Foto: Divulgação Primato

O primeiro caminhão movido a biometano, fruto da parceria firmada em março de 2023 entre a Primato Cooperativa Agroindustrial e a MWM Tupi, está circulando normalmente em Toledo, abrindo um novo ciclo da economia circular prevista no planejamento da cooperativa. O processo passa pelo carregamento e o transporte da ração até o cooperado, que alimenta o plantel de suínos, que geram dejetos utilizados na produção de biometano.

E o abastecimento do caminhão está sendo feito na propriedade da Família Angst, “cooperada que tem suinocultura conosco e agora conseguiu agregar uma nova renda”, comenta o presidente da cooperativa Anderson Leo Sabadin ao lembrar que é uma produtora que está com a unidade de biometano pronta e está abastecendo esse primeiro caminhão da cooperativa.

 

Essa abertura de um novo ciclo de oportunidades acontece porque, no futuro, através desse abastecimento, a cooperativa projeta a produção de biofertilizantes e bioinsumos, “uma demanda cada vez da sociedade para que façamos a produção de alimentos de maneira sustentável e estratégica frente ao social, ao ambiental e com uma boa governança”, resume Sabadin.

Futuro

Na unidade em Ouro Verde do Oeste está sendo construída uma usina para produção energia a partir do dejeto de suínos na granja da cooperativa localizada em Ouro Verde do Oeste. Um projeto piloto que poderá ser levado aos mais de 10 mil cooperados que tem produção de suínos, de frango, de tilápia, de bovino de leite, e de bovino de corte também, oferecendo matéria-prima em abundância para o projeto que prevê um ciclo completo de economia circular e regenerativa: o Suíno Verde.

Equilíbrio

Investir em energias renováveis, debater ESG, desenvolver tecnologias limpas, produzir mais e melhor com respeito ao meio ambiente. Estes são apenas alguns dos desafios que o setor do agronegócio vem procurando resolver ao longo dos últimos anos, quando a pressão sobre a sustentabilidade aumentou e os mercados ficaram mais exigentes. Neste sentido cooperativa  tem procurado parceiros que agreguem soluções, tragam rentabilidade ao cooperado e permitam entregar produtos de qualidade ao consumidor final respeitando o tripé de desenvolvimento através do arranjo econômico, social e ambiental.

“É fundamental para nós essa economia circular, de onde o nosso cooperado terá um novo momento de geração de renda, visto que o dejeto da pecuária passa a gerar energia consumida nas propriedades”, comenta o presidente, Anderson Léo Sabadin. Segundo ele, o dejeto produzido no campo está sendo gerador de energia que vai atender, no futuro, toda frota de caminhões da cooperativa, a qual está sendo adaptada com os motores desenvolvidos pela MWM Tupi.

Desafios

“Isso é transformador para a região, gera renda, gera riqueza, melhora a qualidade de vida e também produz um alimento que eu diria que é verde, um alimento limpo, transformando a região e melhorando o nosso IDH. É isso que assumimos um compromisso”, acrescenta o presidente.

Anderson Léo Sabadin frisa que a Primato é constantemente desafiada a produzir mais e melhor de uma forma mais sustentável e através da parceria com a MWM Tupi isso já se transformou em realidade.

Além desse aspecto do pioneirismo, Sabadin destaca ainda a visão de ESG, ou seja, a governança ambiental, social e corporativa, na qual a cooperativa vem investindo nos últimos anos.

“Os princípios do cooperativismo já trazem esse escopo de preocupação com a preservação ambiental, de questões sociais”, finaliza Sabadin.

(Com Assessoria Primato)

(Débora Damasceno/Sou Agro)

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