Casos de gripe aviária em países da América do Sul mantém Brasil em alerta
#souagro| Os casos de gripe aviária na América do Sul tem deixado o Brasil todo em alerta. Nós já trouxemos que o Paraná está reforçando os treinamentos para os profissionais e também que a ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal) pediu o fim da visita nas granjas.
Mas os casos continuam crescendo. Para se ter uma ideia, o Chile encerrou 2022 registrando seis casos de Gripe Aviária no país. Isto, em pouco mais de duas semanas. O primeiro caso no país, foi detectado na região de Arica, fronteira com o Peru e a Bolívia e foi confirmado pelo Ministro da Agricultura chileno, no dia 7 de dezembro de 2022. Exatamente uma semana depois, em 14 de dezembro foram duas novas detecções, em Iquique e Antofagasta.
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O quarto caso, noticiado em 18 de dezembro, deixou claro que o surto se deslocava em direção ao sul do país. Foi detectado na região de Atacama e seguido – mais de duas semanas depois (dia 29) por novo caso (o quinto da série) na região de Coquimbo, fronteira sul com Atacama. Esperava que fosse o último do ano. Mas exatamente no dia 31 veio a informação de que mais um caso de Gripe Aviária havia sido detectado no país, agora na costa de Tunquén, região de Valparaíso, a menos de 100 km da capital chilena, Santiago.
Todos os casos registrados têm a mesma característica: ocorreram na costa do Pacífico, envolveram exclusivamente pelicanos e foram registrados em regiões de baixa densidade avícola. Mas o sistema de vigilância chileno continua alerta e operando a todo vapor.
Situação idêntica à dos casos chilenos foi observada no encerramento de 2022 também no Panamá que fica na América Central, onde também um pelicano, morto, foi encontrado com o vírus da Influenza Aviária. O achado, conforme autoridades sanitárias locais, ocorreu entre as ilhas panamenhas Saboga e Taboga, localizadas a menos de 30 km da cidade do Panamá.
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Com isso, são agora sete os países próximos ao Brasil que confirmaram a presença do vírus, sendo Panamá, Chile, México, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela.
PREOCUPAÇÃO NO BRASIL
Em dezembro de 2022, o presidente da ABPA, Ricardo Santin falou em entrevista ao Sou Agro que a preocupação se mantém, mas se mostra otimista em o Brasil se manter livre da doença: “É importante dizer para todos que estão envolvidos na cadeia que a influenza aviária hoje foi declarada pela Organização Mundial de Saúde Animal, antiga OIE. Se ela for em aves silvestres ou aves de fundo de quintal, não fecha o comércio. Essa é a grande preocupação, nós, como o maior exportador do mundo, Se vier a influenza fecha? Não, não fecha mais. Nós mantemos os mesmos níveis de seguridade e cuidados que a gente sempre teve. Queremos manter assim. Estamos reforçando os cuidados e mantém o Brasil como grande protagonista na colaboração da segurança alimentar do mundo”, disse Ricardo Santin.
Mesmo assim, Santin afirma que o alerta se mantém e que em outras ocasiões de surto de gripe aviária, o Brasil se manteve sem casos e todo trabalho está voltado para que continue assim.
“Preocupa o setor. Tem alerta, mas o Brasil não tem influenza aviária, não tem agora nem nunca teve. Agora, claro que a gente está em alerta, porquê? Porque você tem hoje na Venezuela, na Colômbia, no Equador, no Peru e no Chile, está tudo ao redor. No entanto, nós temos uma Cordilheira dos Andes, uma Floresta Amazônica que protege a nossa produção industrial especialmente e faz com que as aves não vêm para cá. É importante lembrar que essa doença não é de agora. Ela teve grandes episódios em 2006, 2007, 2012. Em 2019, o Chile teve a influenza aviária e o Brasil não teve. Porque? Porque temos um grande trabalho do MAPA e as secretarias estaduais e principalmente das empresas, nós pretendemos continuar assim”, explica Santin.
(Com Avisite)