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Presidente da ABPA diz que gripe aviária preocupa, mas não fecha o mercado brasileiro da carne de frango

Débora Damasceno
Débora Damasceno

#souagro| Os casos de gripe aviária na América do Sul tem deixado o Brasil todo em alerta. Nós já trouxemos que o Paraná está reforçando os treinamentos para os profissionais e também que a  ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal) pediu o fim da visita nas granjas.

A preocupação se mantém, mas em entrevista ao Sou Agro, o presidente da ABPA se mostra otimista em o Brasil se manter livre da doença: “É importante dizer para todos que estão envolvidos na cadeia que a influenza aviária hoje foi declarada pela Organização Mundial de Saúde Animal, antiga OIE. Se ela for em aves silvestres ou aves de fundo de quintal, não fecha o comércio. Essa é a grande preocupação, nós, como o maior exportador do mundo, Se vier a influenza fecha? Não, não fecha mais. Nós mantemos os mesmos níveis de seguridade e cuidados que a gente sempre teve. Queremos manter assim. Estamos reforçando os cuidados e mantém o Brasil como grande protagonista na colaboração da segurança alimentar do mundo”, diz Ricardo Santin.

 

Mesmo assim, Santin afirma que o alerta se mantém e que em outras ocasiões de surto de gripe aviária, o Brasil se manteve sem casos e todo trabalho está voltado para que continue assim.

“Preocupa o setor. Tem alerta, mas o Brasil não tem influenza aviária, não tem agora nem nunca teve. Agora, claro que a gente está em alerta, porquê? Porque você tem hoje na Venezuela, na Colômbia, no Equador, no Peru e no Chile, está tudo ao redor. No entanto, nós temos uma Cordilheira dos Andes, uma Floresta Amazônica que protege a nossa produção industrial especialmente e faz com que as aves não vêm para cá. É importante lembrar que essa doença não é de agora. Ela teve grandes episódios em 2006, 2007, 2012. Em 2019, o Chile teve a influenza aviária e o Brasil não teve. Porque? Porque temos um grande trabalho do MAPA e as secretarias estaduais e principalmente das empresas, nós pretendemos continuar assim”, explica Santin.

 

O QUE FAZER EM CASO DE SUSPEITA DE GRIPE AVIÁRIA?

Todas as suspeitas de influenza aviária devem ser notificadas imediatamente, presencialmente ou por telefone, aos Serviços Veterinários Estaduais ou nas Superintendências Federais de Agricultura. A notificação pode ser feita pela internet na plataforma e-Sisbravet.

A influenza aviária de alta patogenicidade é caracterizada principalmente pela alta mortalidade de aves que pode ser acompanhada por sinais clínicos, tais como andar cambaleante; torcicolo; dificuldade respiratória e diarreia.

Produtores de aves devem reforçar as medidas de biosseguridade das granjas, especialmente aquelas para evitar o contato de aves silvestres e de pessoas alheias ao sistema produtivo com as aves de produção.

Em relação às infecções humanas, o Mapa ressalta que podem ser adquiridas principalmente por meio do contato com aves infectadas (vivas ou mortas) ou ambientes contaminados (secreções respiratórias, sangue, fezes e outros fluidos liberados no abate das aves). Já o risco de transmissão às pessoas por meio de alimentos devidamente preparados e bem cozidos é muito baixo.

 

 

(Débora Damasceno/Sou Agro)

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