Foto: Reprodução Ismep

Com novos casos de gripe aviária, RS debate protocolos de enfrentamento

Débora Damasceno
Débora Damasceno
Foto: Reprodução Ismep

No Rio Grande do Sul, a Secretaria de Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) participou de reunião nessa semana com prefeituras litorâneas do estado, a Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) e as secretarias de Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema) e da Saúde (SES). Na pauta, orientações gerais de protocolos a serem adotados com o avistamento de animais marinhos com sintomas de gripe aviária de alta patogenicidade, a H5N1.

Na semana passada, o Estado teve dois focos da doença confirmados, em Rio Grande e Santa Vitória do Palmar, com a infecção detectada em leões-marinhos e lobos-marinhos. Foram os primeiros casos identificados da H5N1 em mamíferos no Rio Grande do Sul.

 

“A influenza aviária é uma pauta interdisciplinar, todos os órgãos públicos têm sua parcela de importância e devemos contribuir junto com os municípios. É importante que todos os municípios sejam mobilizados, porque não sabemos por onde os animais marinhos vão chegar”, destacou a diretora do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal da Secretaria da Agricultura, Rosane Collares.

Representantes dos municípios das faixas do litoral norte e sul do Estado solicitaram orientações quanto ao uso de equipamentos de proteção individual (EPIs) de suas equipes locais, protocolos para o enterrio dos animais mortos e para a desinfecção das retroescavadeiras e outros maquinários utilizados no transporte dessas carcaças.

Dois documentos oficiais já orientam sobre os procedimentos necessários nesses casos: a Instrução Normativa Conjunta Sema/Fepam nº 02/2023 e a Nota Técnica 02/2023 do Ministério da Agricultura e Pecuária. Adicionalmente, o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde do estado (Cievs/RS) publicou um Comunicado de Risco, com orientações sobre a enfermidade e como fazer a notificação de casos suspeitos de H5N1 em animais, bem como notificação de suspeitas de contaminação em humanos.

“Estamos finalizando e será publicado na página da Secretaria da Agricultura um instrutivo com as principais informações sobre o que fazer, com orientações sobre a biossegurança dos operadores, das pessoas que estão manipulando esses animais”, contou Rosane.

O secretário adjunto de Meio Ambiente e Infraestrutura, Marcelo Camardelli, destacou que os órgãos municipais têm autonomia para definir o melhor ponto para o enterrio dos animais mortos, por conhecerem a realidade local.

Canais de notificação

Todas as suspeitas, que incluem sinais respiratórios, neurológicos ou mortalidade alta e súbita devem ser notificadas imediatamente à Secretaria da Agricultura, por meio da Inspetoria de Defesa Agropecuária mais próxima ou pelo WhatsApp (51) 98445-2033. O canal funciona sete dias por semana, 24 horas por dia.

(Com Elaine Pinto – Agricultura RS)

(Débora Damasceno/Sou Agro)

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