Depois de um ano marcado pela alta de preços, projeções mostram bons resultados para o setor de hortifrúti
#souagro| Ao longo de 2022, o consumidor brasileiro se deparou com um persistente e grande aumento nos preços dos alimentos, o que foi resultado principalmente dos altos custos de produção no campo. Para 2023, a perspectiva é de queda nos custos de produção, cenário que, atrelado a maiores investimentos em hortifrúti, pode resultar em preços mais atrativos ao consumidor.
O resultado é do Anuário 2022-2023 da revista Hortifruti Brasil (edição de dezembro/22-janeiro/23), publicação do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP.
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No mercado externo, as exportações brasileiras de frutas frescas atingiram recordes em 2021, tanto em volume quanto em receita, favorecidas pelos avanços comerciais e produtivos do setor. Porém, para 2022, o resultado final dos embarques, apesar de ser muito otimista, não sustentará o recorde obtido no ano anterior.
Pesquisadores do Cepea indicam que os principais motivos para o menor desempenho em 2022 são problemas logísticos (falta de contêineres e aumento do valor do frete, tanto marítimo quanto aéreo), o alto custo de produção (reforçado pela guerra entre Rússia e Ucrânia, que impulsionou os valores dos insumos, sobretudo de fertilizantes, estreitando as margens dos exportadores) e a queda na produção de algumas frutas em 2022, devido ao clima desfavorável.
INDÚSTRIA IMPULSIONA ÁREA DE HORTALIÇAS EM 2023
O levantamento do Cepea mostra ainda recuperação nos investimentos do grupo de frutas e hortaliças em 2023, influenciada pelo aumento na área de mamão e melancia, que são as culturas que mais reduziram os investimentos nos últimos anos. Para as outras frutas, a estimativa inicial é de estabilidade. Quanto às hortaliças, o aumento na área deverá ser concentrado na produção industrial de batata e tomate. Além disso, deve haver recuperação da área de cebola. Para alface e cenoura, os investimentos devem se manter estáveis em 2023.
(Com Cepea)