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Preços da soja e milho passam por instabilidade; saiba o motivo

Débora Damasceno
Débora Damasceno
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#souagro| Os produtores de soja e milho precisam se manter atentos às variações de mercado para acompanhar os preços de acordo com o cenário mundial. Nesta terça-feira (06), os dois produtos estão com instabilidade, segundo analistas de mercado da Granoeste.

No caso da soja, a queda do preço foi de 0,14 centavos de dólar, chegando a U$ 14,05. Como ontem foi feriado do Dia do Trabalho nos EUA, não houve pregão, mas na semana passada as perdas foram de quase 3%.

 

O que acontece no momento, segundo os especialistas, é que além da expectativa de uma safra cheia nos EUA, o mercado é pressionado pelas previsões de forte aumento das exportações argentinas de soja e derivados. O governo argentino, prometeu aos produtores uma nova taxa de câmbio, mais favorável, chamada de “câmbio soja”, para estimular a diminuição de estoques. Esta taxa favorecida teria duração de algumas semanas e tende a promover  melhores preços na moeda local.

O noticiário internacional indica que a taxa de câmbio para os exportadores pode chegar a 200 pesos para cada dólar; a taxa oficial está na faixa de 140 Pesos. Por esta razão, deve haver uma aceleração das negociações. Ao mesmo tempo, o governo, ao estimular as exportações, visa repor minimamente as reservas cambiais, totalmente abaladas pela profunda crise econômica no país.

Lembrando que a Argentina é a maior exportadora mundial de óleo de soja e também a maior exportadora de farelo de soja. Ainda hoje o USDA irá atualizar as condições das lavouras norte-americanas, que entram na reta final de desenvolvimento.

 

Falando em mercado interno, o preço da soja se mantém retraído. Apesar das perdas externas, a taxa de câmbio está próxima de R$ 5,20. As atenções se concentram na fase final de evolução da safra norte-americana e também no planejamento para iniciar a implantação das lavouras no Brasil. Mantendo indicações de compra entre R$ 181,00/183,00 no oeste do Paraná; entre R$ 190,00/191,00 em Paranaguá – dependendo do prazo de pagamento e, no interior, também do local de embarque.

MERCADO DO MILHO

Os analistas avaliam que os preços do milho operam estáveis na CBOT a U$ 6,66/dezembro. Ontem não houve pregão devido ao feriado do Dia do Trabalho nos EUA, mas na sexta-feira, a sessão encerrou com 7 pontos de alta.

No Brasil, a colheita da safrinha chega a 97,9% na região Centro-Sul. Por estado, os percentuais são: 100% no Mato Grosso, 97,2% no Mato Grosso do Sul, 99,8% em Goiás, 95,8% no Paraná, 90,9% em São Paulo e 88,7% em Minas Gerais.

 

O plantio da safra brasileira de milho verão 2022/23 já está em andamento e alcança 12%, contra 11,8% de mesma data no ano passado, segundo levantamento da agência Safras & Mercado. Os estados mais adiantados são Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

No Paraná, de acordo com o DERAL, o plantio avança bem na região central do estado e os trabalhos de campo já são reportados entre 15% e 20% em Guarapuava e entre 40% a 45% na região de Ponta Grossa. A expectativa é que até o final de setembro os trabalhos de plantio estejam concluídos nestas regiões.

Mercado interno se mantém com baixo volume de negócios. Boa parte das operações são voltadas para a exportação, que oferece melhor liquidez e é favorecida pelos bons patamares do câmbio. Muitas integrações, que estavam dedicadas a receber os contratos negociados antecipadamente, começam a se reposicionar para voltar às compras. Mercado externo segue como piso para as cotações, diante da necessidade de exportações.

 

Nas indicações de compra, os preços do milho aparecem na faixa entre R$ 82,00/83,00 no oeste do paraná; em Paranaguá, entre R$ 88,00/90,00 – dependendo de prazos de pagamento e, no interior, também da localização do lote.

(Débora Damasceno/Sou Agro com dados Granoeste)

 

(Foto: reprodução internet)

 

(Débora Damasceno/Sou Agro)

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