FRETE

Nova ligação entre portos do Paraná e Chile pode reduzir preço do frete em 30%

Débora Damasceno
Débora Damasceno
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#souagro| Quando se fala em redução no preço do frete trata-se de um assunto positivo para a cadeia produtiva. E é justamente este assunto que será debatido durante o Films, o Fórum Internacional de Logística Multimodal Sustentável de 11 a 14 de maio, em Foz do Iguaçu.

O Corredor Bioceânico Multimodal de Capricórnio, ligando os portos de Paranaguá a Antofagasta no Chile, poderá reduzir em 30% o preço de frete dos produtos brasileiros destinados à Costa Asiática. A conexão entre os oceanos Atlântico e Pacífico, passando por Brasil, Paraguai, Argentina e Chile, diminuirá em mais de dez mil quilômetros o percurso marítimo de cargas destinadas a países asiáticos e africanos. O corredor ligando os quatro países, usando os mais diferentes modais, é debatido há pelo menos 20 anos.

O projeto foi apresentado nesta semana na Acic (Associação Comercial e Industrial de Cascavel) pelo presidente da Acifi, Danilo Vendruscolo, e por Márcio Fernandes e João Arthur Morh, especialistas no tema.  Técnicos brasileiros analisaram, diante disso, a possibilidade de dez corredores estratégicos ao País, e o de Capricórnio é considerado o mais viável técnica, econômica e ambientalmente. Para viabilizar o corredor, serão necessários 4.760 quilômetros de ferrovias, 4.183 de rodovias, 2.800 de rotas aquaviárias, 1 esclusa, 17 terminais multimodais e 4 centros integrados.

 

A parte ferroviária brasileira no projeto é a Nova Ferroeste, com extensão de 1.304 quilômetros entre Paranaguá e Maracaju, no interior do Mato Grosso do Sul. Alguns dos atratativos para os investidores, em um projeto global que deverá chegar aos US$ 9,5 bilhões, estão redução do frete, diminuição de distâncias e de tempo entre destinos, além de navegação por áreas oceânicas mais seguras às embarcações: “Com a Nova Ferroeste, o tempo de percurso de um contêiner entre Cascavel e o Porto de Paranaguá reduzirá dos atuais quatro dias para 20 horas”, lembrou João Arthur, dizendo que a licitação em bolsa deverá ocorrer ainda no segundo semestre. Questões rodoviárias, pedágio e modelagem também estarão em debate, em maio, no Films.

O Fórum

O Fórum, em Foz do Iguaçu, vai contar com a participação de embaixadores e técnicos em temas estruturais e de modais de transporte dos quatro países. Assuntos ligados a ferrovias, rodovias, portos e infraestrutura vão ganhar painéis específicos. “O evento começará no dia 11 de maio e não terá data para terminar. Serão criados seis grupos de trabalho que passarão a se reunir regularmente para a realização de todas as etapas necessárias”.

 

Esse é um evento para o Paraná e para os interesses de todos nós, sul-americanos, destacou o vice-presidente da Acic para Assuntos do Agronegócio e presidente da Coopavel, Dilvo Grolli. Para o presidente da associação comercial, Genesio Pegoraro, esses são assuntos estratégicos e que interessam muito a região e os seus líderes. “No Films, vamos discutir a visão do hub multimodal como potencial solução para as dificuldades de logística do Cone Sul”, complementou Danilo Vendruscolo.

(Débora Damasceno/Sou Agro com Assessoria Acic)

 

(Fotos: reprodução internet e assessoria Acic)

(Débora Damasceno/Sou Agro)

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