abelhas

Concurso envolve produtores de abelhas sem ferrão

Vandre Dubiela
Vandre Dubiela
abelhas

 

Produtores de espécies de abelhas sem ferrão de todo o Paraná podem se inscrever até segunda-feira (28) no II Concurso Paranaense de Qualidade em Méis de Abelhas Sem Ferrão (CPQMAsf 2022). A iniciativa é da Universidade Estadual de Londrina (UEL) e tem como objetivo dar visibilidade a essa atividade produtiva, destacando a qualidade microbiológica, físico-química e sensorial dos méis produzidos no Estado.

O concurso é destinado aos meliponicultores regularmente cadastrados na Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar). Cada um pode participar com até cinco amostras de méis de origem de meliponário (colmeias de abelhas sem ferrão) próprio, que serão avaliados por uma comissão julgadora, formada por chefes de cozinha especializados. Essa avaliação inclui critérios como sabor, aparência, cor, aroma, textura e consistência dos produtos.

A análise dos especialistas também pode considerar parâmetros microbiológicos, como menor contagem de coliformes (bactérias indicadoras de contaminação) e indicadores de qualidade, como menor concentração de hidroximetilfurfural (HMF) – função orgânica que ocorre na decomposição ácida da frutose, também conhecida como açúcar das frutas e naturalmente encontrada no mel.

Todos os meliponicultores receberão laudos de qualidade com os resultados das análises físico-químicas, microbiológicas e sensoriais dos méis avaliados, sendo classificados três finalistas, aos quais serão entregues certificados de melhor mel de abelhas sem ferrão do Paraná de 2022.

Doutora em Ciência de Alimentos, a coordenadora do concurso, professora Wilma Spinosa, do Departamento de Ciência e Tecnologia de Alimentos do Centro de Ciências Agrárias da UEL, destaca que as abelhas são importantes polinizadoras e contribuem para o ecossistema e preservação do meio ambiente. Nesse cenário, ela enfatiza a importância de destacar o padrão de identidade e qualidade do mel de abelhas sem ferrão, promovendo uma cultura de melhoria contínua entre os meliponicultores.

“O mel é um produto muito apreciado pela alta gastronomia e, consequentemente, agrega renda para os produtores e agricultores familiares que atuam no segmento da Meliponicultura. Por isso, desenvolvemos atividades de extensão com foco na integração entre os meliponicultores e no intuito de aproximar esses produtores de apreciadores e potenciais consumidores, além da comunidade acadêmico-científica, fortalecendo essa cadeia produtiva”, destaca a pesquisadora, que desenvolve estudos sobre as propriedades físicas, químicas e biológicas de mel de meliponíneos.

O CPQMAsf 2022 é patrocinado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural do Paraná (Senar) e pela Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores Familiares do Estado do Paraná (Fetaep). A iniciativa conta ainda com a parceria da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento da UEL (Fauel).

Também conhecidas como abelhas indígenas, abelhas nativas ou meliponíneos, as abelhas sem ferrão pertencem à família Apidae e ocupam grande parte das regiões de climas tropical e subtropical do planeta, como o Sul do Brasil. As espécies mais conhecidas são: jataí (Tetragonisca angustula); mandaguari (Scaptotrigona depilis); guaraipo (Melipona bicolor); jandaíra (Melipona subnitida); mandaçaia (Melipona quadrifasciata); tiúba (Melipona fasciculata); e uruçu (Melipona scutellaris).

(AEN)

(Vandre Dubiela/Sou Agro)

Entre em um
dos grupos!

Mais Lidas

Notícias Relacionadas