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IDR-PR realiza mais uma jornada tecnólogica em fruticultura

Débora Damasceno
Débora Damasceno
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A 9ª edição da jornada tecnólogica em fruticultura já tem data marcada: 02/12/2021. O encontro vai acontecer no Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – IAPAR – EMATER, na estação experimental em Santa Helena no Paraná. Vários temas serão debatidos das 13h às 16h30. Para participar é preciso se inscrever com técnicos do IDR-PR da sua cidade.

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O cultivo da uva será um tema importante deste encontro, inclusive existe um estudo específico sobre manejo das videiras feito pelo IDR-PR que é: Viveiro para material propagativo de videira.

HISTÓRICO DO PROJETO

Em 2009 o Paraná possuía em torno de 6.000 hectares com videira, porém a partir de 2012 observou-se redução na área de cultivo. Muitos viticultores migraram para outras atividades em função de problemas envolvendo principalmente: aspectos fitossanitários, comerciais, perda de competitividade em função da entrada de uvas provenientes de diferentes Estados, entre outros.

Porém na última década verificou-se um novo ciclo de investimento na agroindústria da uva no Estado. Novas tecnologias de vinificação resultaram na ampliação de diversas vinícolas que buscam a produção de suco e vinho com qualidade. Segundo levantamento feito pela VINOPAR, o processamento de uva previsto até 2024 tem um potencial de crescimento de 57% em cultivares para sucos e vinhos coloniais, e de 342% para vinhos finos.

 

Atualmente, para atendimento da demanda interna, a maior parte da matéria prima está sendo trazida de estados vizinhos, deixando de gerar no Paraná, empregos e renda, além dos recursos provindos de impostos. Ciente desse cenário, em 2019 o Governo do Estado, através da Secretária da Agricultura e do Abastecimento, lançou o Programa de Revitalização da Viticultura Paranaense – REVITIS, que visa apoiar a cadeia produtiva da cultura através do fortalecimento do setor produtivo, agroindustrial e turístico nas diferentes regiões do Estado.

 

Um dos pilares do programa é a implantação e manutenção de viveiro para multiplicação de material propagativo de videira com qualidade genética e fitossanitária. Muitos viticultores relatam produzir a muda na propriedade, visando diminuir os custos na implantação do pomar e principalmente pela dificuldade em encontrar viveiros credenciados no Estado. Porém ao serem questionados sobre a procedência do material propagativo, não sabem sequer a cultivar copa ou porta-enxerto utilizada.

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Este material geralmente é repassado entre os produtores através de gerações, transportando com ele vírus e insetos, como a ‘pérola da terra’ (Rizococus brasiliensis), que causam queda de produtividade, e em muitos casos a perda total dos parreirais. 2 Ao adquirir mudas ou estacas de baixa qualidade, além da introdução de pragas e doenças, o viticultor está comprometendo o futuro do seu empreendimento, pois a muda é o alicerce do pomar. Além disso, também é importante conhecer as exigências edafoclimáticas de cada cultivar, o potencial produtivo e de qualidade, para que o produto colhido atenda às expectativas dos consumidores.

 

OBJETIVO DO PROJETO

O objetivo do Viveiro para material propagativo de videira é auxiliar o Programa REVITIS na promoção da Revitalização e Ampliação da Vitivinicultura Paranaense, através do fornecimento de material propagativo de videira com qualidade genética e fitossanitária.

 

VIVEIRO

A videira é uma espécie propagada vegetativamente a partir de estacas, que são fragmentos obtidos de ramos lenhosos, medindo em média 30 cm de comprimento. As estacas podem ser plantadas diretamente no campo, para posterior enxertia, ou submetidos a enxertia de mesa, enraizamento em cultivo protegido e posterior plantio no campo. Tendo em vista a forma de propagação utilizada para a cultura da videira, o viveiro abrange 3 unidades:

1. Laboratório de Preparo e Armazenamento de Estacas: Local destinado ao preparo das estacas, realização da enxertia de mesa, tratamento das estacas com reguladores vegetais e armazenamento a frio.

2. Cultivo Protegido: Será utilizado para a produção de mudas, tendo em vista que que o cultivo protegido possibilita controle de variáveis como temperatura, umidade, radiação solar, vento e pragas, o que possibilita maior eficiência e rapidez na produção das mudas.

3. Campo de Multiplicação: Neste espaço será feito o plantio das plantas matrizes de videira, de onde serão coletadas as estacas para a formação de novos pomares.

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(Débora Damasceno/ Sou Agro com IDR-PR)

(Débora Damasceno/Sou Agro)

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