Criação de abelhas sem ferrão é oportunidade de renda a produtores
A criação de abelhas sem ferrão abre oportunidade de renda a produtores. A diversidade de animais criadas no Brasil apoiada em conhecimentos técnicos voltados para sustentabilidade da atividade abre oportunidade de geração de renda nas regiões para produtores rurais.
Algumas espécies desses animais são criadas para produção de mel. Algumas espécies têm sido mais frequentemente indicadas para isso como a uruçu (Melipona scutellaris), a tiúba (Melipona fasciculata), a jandaíra (Melipona subnitida), a uruçu-cinzenta (Melipona manaosensis), a mandaçaia (Melipona quadrifasciata anthidioides) e a jataí (Tetragonisca angustula).
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A atividade, chamada de meliponicultura, já tem sido praticada em grandes cidades pelos chamados “apicultores urbanos”, seja como fonte de renda ou por lazer. As abelhas sem ferrão não picam e nem machucam as pessoas, pois perderam a capacidade de ferroar há milhões de anos.
Outra vantagem ao produtor rural é que elas também contribuem para a preservação ambiental, a polinização agrícola, aumentam a produção e a qualidade dos frutos.
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A criação de abelhas nativas sem ferrão ajuda na conservação das espécies de abelhas e das plantas dependentes da polinização. Só no Amazonas, por exemplo, há 116 espécies descritas.
Para a pesquisadora do Inpa (Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia) Gislene Carvalho-Zilse a meliponicultura tem um amplo caminho a percorrer, não porque estejamos atrasados, mas porque a diversidade de espécies aqui no Amazonas é diferenciada do mundo. “Além disso, representa um grande desafio para todos os atores da cadeia produtiva como pesquisadores, meliponicultores, gestores das normativas e empresariado, pois estamos pavimentando um novo caminho para a meliponicultura profissional e sustentável”. Um exemplo citado pela pesquisadora, sobre o que ainda se tem a conhecer cientificamente sobre as abelhas sem ferrão no Amazonas, é que das 116 espécies descritas atualmente, por enquanto, cerca de 15 destas espécies tem protocolo definido para criação, conhecimento sobre reprodução e forma de manejo para induzir a produção de mel e outros produtos.
(Tatiane Bertolino/Sou Agro – com Embrapa e Agências)
Foto: Síglia Souza