Foto: Envato

Chuva acima da média reflete na produtividade do trigo no Paraná

Débora Damasceno
Débora Damasceno
Foto: Envato

#souagro| Nos últimos dias choveu muito no Sul do país, principalmente no Paraná, em alguns casos nessa primeira quinzena de outubro em importantes regiões produtoras, o volume chegou a superar 300 milímetros.  E essa chuva acima da média tem gerado reflexos nas lavouras, principalmente no trigo, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), por meio do Boletim de Monitoramento Agrícola (BMA) que analisou o período de 1° a 15 de outubro de 2022.

Esse excesso de chuva gera preocupação em relação à queda de qualidade por excesso de umidade nos grãos do trigo na região Sul e em São Paulo – onde 80% das áreas foram colhidas até o fim da primeira quinzena de outubro.  No Paraná, a área total colhida chega a cerca de 50% e apesar do potencial produtivo ter sido impactado pela seca em fases anteriores, o rendimento médio é satisfatório. No Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, a colheita já foi iniciada (3%), apesar da chuva frequente ter limitado às operações.

 

Já para as culturas da safra 2022/2023, às chuvas favoreceram a semeadura de soja em Mato Grosso e no Paraná. Mas, o excesso de umidade atrasa esta etapa em São Paulo, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul. Em Minas Gerais e na Bahia, o plantio foi iniciado no começo de outubro, após o fim do vazio sanitário. Na região do Matopiba, o início da semeadura da soja foi possível apenas em áreas irrigadas em razão da baixa umidade no solo.

No caso do milho 1° safra, a semeadura evolui rapidamente, chegando a 74% da área estimada no Rio Grande do Sul e 75% no Paraná, com destaque para as regiões de Ponta Grossa, Guarapuava/Irati e Pato Branco. Porém, o plantio segue em ritmo lento em São Paulo e Santa Catarina, principalmente em razão do excesso de umidade. A etapa também segue devagar em Goiás, onde os produtores têm dado prioridade à soja.

 

O estudo é resultado da colaboração entre Conab, Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e Grupo de Monitoramento Global da Agricultura (Glam), além de agentes colaboradores que contribuem com dados pesquisados em campo. O Boletim de Monitoramento Agrícola completo pode ser acessado AQUI.

(Débora Damasceno/Sou Agro  com dados da Conab)

(Foto: Envato)

(Débora Damasceno/Sou Agro)

Entre em um
dos grupos!

Mais Lidas

Notícias Relacionadas