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Saiba o que travou os contratos futuros da soja brasileira e o que esperar daqui pra frente

Débora Damasceno
Débora Damasceno
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#souagro| O produtor de soja enfrentou muita oscilação de mercado nos últimos meses. Falando em contratos futuros o resultado que normalmente era significativo ainda está tímido com as vendas da safra passada e muito baixo na safra atual.

“Para falar do cenário de soja, a gente tem que fazer uma breve retrospectiva, lembrar um pouquinho do que aconteceu nos meses anteriores que foi a quebra de safra aqui na América do sul para mais de 30 milhões de toneladas que acabou reduzindo os níveis de estoque mundo e acabou jogando os os níveis de preços um pouco mais para cima, níveis recordes acima dos 17 dólares, combinado com a taxa de câmbio, com o dólar a níveis historicamente altos fizeram com que os preços da soja no Porto fossem acima dos seus R$ 200 por saca e o produtor vendo toda essa volatilidade, acabou optando por comercializar menos volume do que em anos anteriores”, explica Carlos Oschiro, Consultor em Gerenciamento de Riscos da StoneX.

 

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Falando a nível de Brasil tanto as vendas da safra atual, quanto da passada estão abaixo dos resultados anteriores.
“Hoje, faltando mais ou menos 3 meses para acabar o ano a nível Brasil, nós temos 85% só da safra 2022 comercializada,  contra perto aí de 92, 90% e já falando aí da safra futura de 2023, as vendas elas estão ainda mais lentas,  com apenas 16% da safra comercializada, contra quase 30% é da safra do ano passado, comercializada para esse mesmo período do ano”, explica o consultor.

No Paraná isso fica ainda mais evidente, com números menores que o nível Brasil.

“E quando a gente fala do Paraná, os números, eles ainda são mais expressivos. Por exemplo, os produtores paranaenses, eles só comercializaram 76% da safra 2022 até agora e somente 3% da safra de 2023. Então, os produtores aí bastante arredios na comercialização”, diz Carlos.

 

É bom o produtor ficar atento ao que acontece no mercado para saber como lidar com essas oscilações todas ao longo dos meses.

“A gente sabe que o foco da safra Americana já passou. Não é que, embora ela não tenha sido recorde, aí ela é uma safra muito boa além disso, recentemente a gente viu o governo argentino alocando uma tarifa de câmbio especial para exportação de soja, o que deixou a soja Argentina mais competitiva que a soja Brasileira e também que a soja norte-americana e acabou criando  momentaneamente um teto de preço dando ainda mais fôlego para o comprador. Nós sempre recomendamos aí para os produtores que é de suma importância ter os custos das suas lavouras atualizados. À medida que a relação de troca for boa e fazendo a trava dos custos, né? e além disso, a gente sempre considera que é muito importante fazer o cálculo total da receita da lavoura. Porque nem sempre um preço baixo ele é ruim, se a produtividade for alta, então é importante ir aproveitando esses momentos de bom preço, cuidando com o efeito ancoragem e a dos preços passados, fazendo a comercialização”, detalha o especialista.

(Débora Damasceno/Sou Agro  )

(Foto: Envato)

(Débora Damasceno/Sou Agro)

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