Mapa fiscaliza propriedades, interdita viveiros e destrói mudas irregulares
Foi coletada uma amostra suspeita de cancro cítrico e 5.161 mudas de citros foram destruídas em três viveiros. Outras 10.370 mudas de murta foram destruídas em quatro viveiros. Duas notificações foram emitidas pelo órgão estadual.
Já o Mapa lavrou oito termos de fiscalização, dois termos de interdição e um auto de infração. Esse último e as interdições ocorreram porque os viveiristas não tinham registro no Renasem, que é obrigatório. O Renasem é o registro único, válido em todo o território nacional, vinculado a um CNPJ (pessoa jurídica), cuja finalidade é habilitar perante o Mapa empresas que exerçam as atividades de produção, beneficiamento, reembalagem, armazenamento, análise ou comércio de sementes ou de mudas.
A falta de registro no Renasem já justifica, pela lei, a interdição de viveiros.
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Histórico
A maioria dos viveiristas de Herculândia não produz as mudas cítricas no município. Eles adquirem de outras regiões do país, o que dificulta a regularização. Segundo o engenheiro agrônomo Danilo Romão, assistente técnico de Defesa Agropecuária da CDA Regional Marília, que coordenou as ações na quarta-feira, nos últimos três anos, muitos produtores participaram das reuniões com as autoridades municipais e também com integrantes da Secretária de Agricultura em diversas ocasiões, quando foram orientados sobre as formas de regularização. Ainda segundo Romão, alguns mudeiros relataram que compraram estas mudas clandestinamente vindas dos estados do Paraná e de Minas Gerais, além de comprarem mudas tipo refugo (descarte) de viveiros paulistas.
A ação realizada em Herculândia é continuação das ações de combate ao Huanglongbing – HLB, também conhecida como greening, e ao cancro cítrico, já realizadas nas regionais de Limeira, Marília e de Barretos, além das ações de fiscalização no trânsito.
De acordo com a CDA, em todos os viveiros fiscalizados em Herculândia, as mudas cítricas em quase totalidade possuíam sintomas característicos de cancro cítrico e algumas já apresentavam sintomas de greening. “As mudas destruídas não possuíam qualquer comprovação de origem, estavam sendo mantidas em sacolas plásticas com terra, o que proporciona a disseminação de nematoides e do fungo causador da gomose, pragas que são extremamente prejudiciais a diversas outras culturas também”, afirmou Romão.
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A compra de mudas sem registro é um risco não só para quem compra, mas para toda produção agrícola ao redor da área em que se planta uma muda de origem desconhecida. Ela pode transportar inumeráveis pragas e doenças de difícil ou até impossível controle para a região. “É um ato inconsequente dos produtores de mudas fazerem esse tipo de comércio irregular para um país que tem na agropecuária a base da economia”, explicou Danilo Tadashi Kamimura, chefe da Divisão de Defesa Agropecuária (DDA) da superintendência. Cabe destacar que os usuários também podem ser penalizados por adquirir mudas sem procedência (irregulares) de qualquer espécie.
(Tatiane Bertolino/Sou Agro – com Mapa)