Saiba como é o manejo de tilápia em períodos de frio
#souagro | O inverno no Brasil começa somente no dia 21 de junho. Mas as temperaturas já estão baixas há dias, principalmente no Paraná. Para os produtores de tilápia, o período é de atenção diferenciada.
A alimentação é diminuída e é preciso fazer o controle da temperatura do açude. ” Com agitação da coluna d’água nós misturamos as duas camadas, que ficam entre frio e quente. O importante é fazer no horário mais quente do dia, para que possa ganhar temperatura e não perder. O excesso de aeradores ligados nesse período de frio pode ser prejudicial. Pois corre o risco de perder a temperatura para o ambiente”, explica o engenheiro de pesca da C. Vale, Diogo Yamashiro.
No manejo de inverno é preciso adotar algumas estratégias com a produção de peixe. “É um momento desfavorável e nossa região tem características de baixar bastante as temperaturas. O ideal é que os produtores sigam as orientações técnicas conforme cada área. Não deixe de alimentar as tilápias, mas é importante que saiba a quantidade e quando deve fazer isso”, destaca Yamashiro.
O produtor de tilápia, Paulo Michelon, comenta sobre os cuidados com o manejo na época de frio. “O peixe fica mais sensível. É um período de quatro meses no ano, que precisamos ter um cuidado para não perder um trabalho de oito meses. É preciso um cuidado maior com aeração e alimentação, para não provocar estresse no peixe”, comenta.
Assista à reportagem:
Destaque na produção
O Paraná é um grande produtor e exportador de pescados do Brasil. Entre janeiro e março de 2022 a receita foi de US$ 568 mil no primeiro trimestre do ano passado para US$ 3,2 milhões. A principal espécie de pescado exportada é a tilápia, que corresponde 182 mil toneladas, representando 66% de toda exportação no estado.
Segundo Edmar W. Gervásio, administrador do Departamento de Economia Rural (Deral), a atividade de cultivo de peixes, apesar de pequena, cresce em torno de 15% ao ano. “A piscicultura paranaense representa em torno de R$ 1 bilhão de reais do valor bruto da produção, a soja por exemplo, gera R$ 29 bilhões”, destaca.
(Ageiél Machado)
(Foto: Jaelson Lucas)