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Entenda como as lavouras foram salvas da geada

Débora Damasceno
Débora Damasceno
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#souagro| Quando surgiu a previsão de uma intensa onda de frio, o produtor rural já ficou sem dormir. Isso acontece porque a agricultura vem enfrentando grandes perdas causadas pelas mudanças climáticas e uma geada neste momento poderia devastar lavouras.

Neste primeiro dia em que a previsão apontava para temperaturas geladas, isso realmente aconteceu. Várias cidades no Sul do país registraram menos de 0°C, mas felizmente a geada não chegou ao ponto de destruir as plantações, ao menos nesta terça-feira (17). Nós conversamos com o agrometeorologista, Reginaldo Ferreira, para entender o que ocorreu.

 

“Nesse primeiro dia a geada não foi tão intensa em algumas regiões e isso traz um alívio muito grande até em função das condições atmosféricas. Nós tivemos, por exemplo, na região de Cascavel, no Oeste do Paraná, uma quantidade de vento relativamente grande com bastante nuvem para condição de geada. Para ocorrer a geada branca, é necessário que você tenha o céu relativamente limpo e que você não tenha vento e não foi isso que aconteceu”, detalha Reginaldo.

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A preocupação dos produtores é por conta do período em que esse frio intenso chegou, principalmente no estágio em que estão as lavouras de milho: “Nós estamos nos aproximando do inverno e existe a possibilidade que em alguns anos essas massas polares, elas consigam entrar com maior intensidade em período mais cedo, é o que aconteceu esse ano. Isso significa dizer que a preocupação é maior porque a gente tem uma quantidade muito grande de lavoura, principalmente do milho que está numa condição muito favorável esse ano e essa massa polar ela alcança aí praticamente toda a a região produtora do Sul do país não só Rio Grande do Sul, Santa Catarina e o Paraná, mas também tem a possibilidade de alcançar o estado de São Paulo parte de Minas Gerais, Goiás e até mesmo do Mato Grosso do Sul”, explica o agrometeorologista.

 

Para os próximos dias, ainda há previsão de geada, mas desta vez está sendo diferente de 2021 quando o fenômeno atingiu severamente as lavouras: “Temos a possibilidade ainda durante a semana de que essa geada aconteça em alguns locais de forma diferenciada. Diferente do ano passado que ela foi muito intensa em praticamente todos os estados brasileiros, esse ano possivelmente nessa primeira frente fria ela é um pouco mais longa e ela vai ser diferenciada de lugar pra lugar, por exemplo, temos a possibilidade de ter mais impacto da geada em Maringá, no Paraná do que em Passo Fundo e Ijuí, Rio Grande do Sul. Isso em função das condições atmosféricas, nessas cidades do Sul do país nós temos a possibilidade maior eh eh possibilidade de chuva e aí eh fica uma condição um pouco mais difícil tem possibilidade talvez de chuva congelante mas não ocorrência de geada”, finaliza Reginaldo Ferreira.

(Débora Damasceno/Sou Agro)

 

(foto: reprodução internet)

(Débora Damasceno/Sou Agro)

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