1 ano livre de febre aftosa sem vacinação, Paraná quer conquistar novos mercados
#souagro| 27 de maio é uma data histórica para o Paraná, o motivo? Foi neste dia, em 2021 que o estado recebeu da Organização Mundial da Saúde Animal (OIE), o reconhecimento internacional como área livre de febre aftosa sem vacinação. Neste mesmo dia o estado também recebeu a certificação da zona livre de peste suína clássica independente.
Hoje, 27 de maio de 2022, esse marco completa o primeiro ano: “Uma data marcante para a economia do estado do Paraná. São dois movimentos importantes referendados pela Organização Mundial de Saúde animal, a OIE que concedeu esse selo ao Paraná, esse passaporte para que nós possamos disputar ainda mais o mercado mundial de proteínas animais”, detalha Norberto Ortigara, secretário estadual de agricultura.
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Esse status é uma grande vitória para o setor agropecuário paranaense, afinal ele é a recompensa de toda trajetória de luta contra a febre aftosa. Nestes 365 dias após a conquista, o olhar é sobre o quanto o reconhecimento internacional agrega valor ao mercado agropecuário paranaense: “A carne bovina, suína, os nossos lácteos, mas também frangos e peixes. Agregação de valor, busca incessante por novos mercados para vender, para valorizar e fortalecer ainda mais essa capacidade paranaense de cada vez mais transformar soja e milho abundantes aqui, em mais valor agregado para o mundo”, explica Ortigara.
O último foco da doença foi confirmado, em 2006. A vacinação contra a febre aftosa foi interrompida em 2019 e a campanha de imunização, que acontecia duas vezes ao ano, foi substituída pela campanha de atualização de rebanhos. Nos últimos anos também foram feitas coletas de sangue de quase 10 mil animais em mais de 300 propriedades rurais e os resultados comprovam que o vírus já não circula no Paraná.
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A visão daqui para frente é só levar cada vez mais o produto paranaense para o mundo e demonstrar todo o potencial produtivo do estado: “Nós temos tamanho, escala, volume de produção, qualidade reconhecida, sanidade afiançada, reforçada por essa decisão da OIE. Nós temos preços competitivos e nós estamos estabelecendo com o setor privado uma estratégia comercial adequada para agredirmos no bom sentido o mercado internacional. Portanto conclamamos a todos os produtores e nossa agroindústria para que mantenhamos essa capacidade, essa articulação e assim, dar vazão e fazer crescer ainda mais a produção paranaense para ocuparmos devidamente nosso lugar no mundo do alimento”, finaliza Norberto Ortigara.
Em 2021, o Estado produziu mais de 6,2 milhões de toneladas de carne de porco, boi e frango. O Estado é responsável por 33,6% da produção nacional de frango e 22% em piscicultura de cultivo, liderando os setores.
Também ocupa o segundo posto em relação à carne suína, com 21% da produção brasileira e mantém a vice-liderança na produção de leite (13,6%) e ovos (9%). A expectativa com a abertura de mercados é que o Estado atinja a liderança nacional na produção de suínos.
(Débora Damasceno/Sou Agro)