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VÍDEO: Dilvo aborda abastecimento de milho e custo de produção

Vandre Dubiela
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#souagro | Considerado uma das maiores expressões e gurus do setor cooperativista paranaense, o presidente da Coopavel, Dilvo Grolli, explica ao Portal Sou Agro, se existe algum risco de desabastecimento de milho no mercado por conta de uma das mais severas secas já enfrentada pelo Paraná nos últimos 100 anos.

-> Confira a entrevista do presidente da Coopavel, Dilvo Grolli:

“O Paraná é grande produtor de carnes de frango e suína. Somos o primeiro no Brasil na produção de frango e o segundo no País em suínos. Precisamos muito de farelo de soja e muito milho”, analisa. Dilvo Grolli aponta as dificuldades enfrentadas na segunda safra de milho de 2021, com a incidências de geada e quebra de 50% na safra.

Diante desse cenário, o  Paraná, que sempre foi autossuficiente em relação ao milho, passa a ficar dependente de importação de milho de países do Mercosul e de outras regiões do Brasil. “Por isso que a saca do milho hoje está em um valor altíssimo e agora, com a estiagem neste mês de dezembro na região sul, novamente vamos ficar dependente do milho de outros lugares”.

A próxima safra de milho, a primeira safra de 2022, teremos dificuldades de produção em virtude da estiagem instalada no Paraná e no sul do Brasil. “Com isso, a tendência e de preços maiores em relação ao preço do milho e com isso, haverá reflexo no custo de ração, refletindo nas carnes de frango, suínos e leite”.

Os estados do sul (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul), são responsáveis pela produção de 65% de toda a carne suína, de frango, do leite. Ou seja, teremos aumento de custo na produção destas carnes e do leite, devido ao impacto das geadas e a estiagem, que está comprometendo a primeira safra de 2022”.

A regularização da produção de milho para atender a demanda do Paraná e outros estados do sul do Brasil, somente será possível com uma safra, produção e colheita boas, na segunda safra de 2002. “Estamos vivendo um período crítico no fornecimento de milho para atender as demandas de ração. Não vai haver falta, pois podemos contar com o abastecimento de milho regular proveniente do centro-oeste brasileiro, com milho disponível, e também o milho da Argentina e Paraguai”.

Para Dilvo, há uma escassez, reflexos de alta de preço, de custo de ração e de produção de carne de frango, suíno e leite. “Mas não terá falta desses produtos, e sim, custo elevado devido à baixa oferta de milho”.

(Vandré Dubiela/Sou Agro)

 

(Vandre Dubiela/Sou Agro)

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