VÍDEO: perspectivas para o mercado de fertilizantes
#souagro | O engenheiro agrônomo Modesto Daga, vice-presidente do Sindicato Rural de Cascavel, fez uma análise do atual cenário envolvendo a escassez de fertilizantes no mundo e principalmente no Brasil. Para ele, trata-se de uma situação bem difícil, muito por conta da logística necessária para a formulação dos adubos, tida como bastante complexa. “Primeiro, porque precisamos comprar essa matéria-prima, com 5 a 7 meses de antecedência, para que esse fertilizante chegue na propriedade, depois da extração, transporte, recebimento no porto no Brasil, o transporte do porto até as misturadoras, chegando nas distribuidoras, até chegar na destinação final, que é o campo”.
Veja o que diz sobre o assunto o engenheiro agrônomo Modesto Daga:
Todo esse processo, segundo o engenheiro agrônomo, leva um bom tempo. “Temos hoje uma dificuldade muito grande de frete, principalmente o marítimo, por conta da falta de navios. A maioria está ocupada e muito também em virtude do valor do frete, que aumentou consideravelmente”.
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Para Daga, com relação ao que estava pairando no mercado, no que tange ao fornecimento de fóssil e nitrogenado, com destaque para a Bielo-Rússia, tivemos a garantia deles essa semana que o Brasil não sofrerá nenhum contratempo em relação ao fornecimento destes insumos. “Já sobre a situação envolvendo a China, que alegava que não tinha energia, que faltava carvão, o governo chinês reestabeleceu todo o sistema de depósito de carvão nas indústrias. A produção de nitrogênio e de produtos básicos para a formulação de fertilizantes de um modo geral, volta à normalidade dentro de pouco tempo.
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“Então, precisamos tomar muito cuidado com relação àquilo que se divulga. É preciso analisar com muita profundidade, porque se propagar que o insumo faltará, causará um alarde desnecessário, levando todos os comprar os produtos de uma só vez, provocando como efeito a subida dos preços”.
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Daga acredita ser possível reverter a questão dos valores, mas pelo desenho do mercado no momento, a probabilidade de os preços se estabilizarem – se o dólar permanecer da forma que está, porque a moeda é a nossa principal variável -, talvez até preços menores possam estar acessíveis para o futuro. “É uma opinião minha. Não se trata de uma análise muito profunda, mas é o que estamos conseguindo enxergar desenhado no mercado hoje”.
(Vandré Dubiela/Sou Agro)