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VÍDEO: nova praga no oeste ataca a raiz do milho

Vandre Dubiela
Vandre Dubiela
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#souagro |Como se já não bastasse os prejuízos provocados pelas intempéries climáticas como geada e estiagem, o agricultor da região oeste agora se depara com um nova praga, capaz de aniquilar a raiz do milho e da soja. As primeiras aparições desta nova praga, conhecida como percevejo castanho (scaptocoris castanea), foram registradas em lavouras de Palotina e Medianeira.

 

Veja o vídeo e o que diz o engenheiro agrônomo Juliano Scheeren sobre o percevejo castanho:

 

A ocorrência deste inseto é esporádica o que dificulta o estabelecimento de um programa de manejo para impedir os danos desta praga. Trata-se de uma praga presente em várias regiões do Brasil, com maior concentração nos estados de Goiás e Minas Gerais. Não se pode afirmar que a praga chegou há pouco no oeste paranaense. “Pode estar aqui há 10 anos, mas em virtude da volatilidade do milho, provocada pela seca, seu poder de destruição da raiz aumentou consideravelmente”, explica o engenheiro agrônomo e consultor da Jota Jota Gestão Agronômica, de Palotina, Juliano Scheeren.

A praga devora a raiz da planta, causando o tombamento. Esse fenômeno pode até confundir o produtor, ao achar que este tombamento foi causado pelos ventos. “Notamos várias áreas com tombamento de plantas e resolvemos investigar as causas”, comenta o engenheiro agrônomo. “Ao arrancar a planta do solo, percebíamos a ausência da raiz, e a partir de então, realizamos a escavação de trincheiras e para a nossa surpresa, descobrimos o percevejo castanho, que pode atingir até dois metros de profundidade no solo”.

Praga devora a raiz e provoca do tombamento da planta: casos já foram registrados em Palotina e Medianeira
Praga devora a raiz e provoca o tombamento da planta: casos já foram registrados em Palotina e Medianeira

Revoadas dessa praga foram flagradas por produtores. Em um primeiro momento, por desconhecimento natural, não atentaram para a possibilidade de ser o percevejo castanho. Sua aparição é rara, uma vez que eles sobem para a superfície apenas quando o solo está úmido, para se acasalar e posteriormente retornam para os ninhos existentes no dentro do solo.

 

 

O mais apropriado a fazer, ao se deparar com a praga, é buscar o suporte de um engenheiro agrônomo. Não há como eliminar a praga, mas sim, monitorá-la. “A qualquer sinal suspeito, principalmente por tombamento, a sugestão é abrir trincheiras à procura da praga. Fazer um tratamento de sementes diferente também é outra opção. É preciso ficar em alerta pois o percevejo castanho ataca também a soja, muito mais frágil se comparada ao milho”.

(Vandré Dubiela/Sou Agro)

(Vandre Dubiela/Sou Agro)

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