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TRIGO: zoneamento agrícola é atualizado pelo MAPA

Vandre Dubiela
Vandre Dubiela
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O Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) para a cultura do trigo foi atualizado para a próxima safra. As portarias com as novas indicações foram publicadas no Diário Oficial da União desta segunda-feira (20).

Entre as mudanças estão o melhor detalhamento no cultivo de trigo na região tropical, a avaliação de risco de frustrações pelo excesso de chuva no final de ciclo, além da inserção de atualização de ciclos de cultivares na base de dados.

O Zarc é um instrumento de política agrícola do governo federal que garante suporte às políticas de garantia da atividade agropecuária (Proagro) e seguro rural no Brasil. O estudo, conduzido sob a responsabilidade da Secretaria de Politica Agrícola do Ministério da Agricultura (Mapa), é executado pela Embrapa com apoio de diversas instituições públicas e privadas. O trabalho é baseado em séries históricas de clima, modelagem de cultivos e simulação de riscos.

O Zarc conta com dados coletados em cerca de quatro mil estações meteorológicas espalhadas pelo País. Por meio de quatro variáveis – município, tipo de solo, cultura e ciclo da planta – o sistema apresenta a época do ano mais indicada para a semeadura e as taxas associadas de risco de perdas – até 20%, 30% e 40%.

Para a cultura do trigo, o Zarc vem sendo atualizado todos os anos para acompanhar as melhorias do sistema de simulação de riscos, a ampliação da base de dados, o surgimento de novas áreas e tecnologias de produção, além da necessidade de adesão com as políticas públicas para o setor que são anuais. Neste momento, está sendo realizada a atualização para a safra de trigo 2021/2022.

No Sul do Brasil, além da geada no espigamento, o excesso hídrico na fase final do ciclo do trigo é causa frequente apontada como sinistro nos pedidos de cobertura do Proagro e do seguro agrícola privado. “Usamos um indicador de risco de excesso de umidade baseado na quantidade de chuva no final do ciclo para demarcar os períodos de semeadura e os locais onde a ocorrência desse sinistro tem maiores chances de causar problemas no trigo”, explica o agrometeorologista da Embrapa Trigo, Gilberto Cunha.

Para o cultivo de trigo na região tropical, estão sendo atualizadas informações no Zarc para minimizar problemas com deficiência hídrica e temperaturas elevadas. “A indicação de áreas aptas ao cultivo de trigo em sistema de sequeiro nos estados de Mato Grosso e Bahia integra a atualização do Zarc, com o refinamento das regiões para posicionar diferentes ciclos das cultivares que chegaram ao mercado, bem como ampliar os períodos de semeadura na região tropical”, explica Gilberto Cunha.

(MAPA)

 

Foto: Antonio Costa

 

(Vandre Dubiela/Sou Agro)

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