Transporte de cargas via trilhos cresce no Paraná
Pelos trilhos: a participação do modal ferroviário no transporte de cargas pelos portos do Paraná foi maior no último mês de janeiro. Em comparação com o mesmo período ano passado, o aumento foi de 63%. No primeiro mês deste ano, 569.559 toneladas chegaram ou saíram em vagões. O volume equivale a 13,7% do total movimentado. Em janeiro de 2021, 301.434 toneladas – o corresponde a 8,4% do total movimentado– foram transportadas pelos trilhos.
De acordo com o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia, os custos desse transporte até os portos – ou dos portos até o país de destino, no caso das importações – é determinante na escolha do modal. “Porém, a infraestrutura que o porto oferece para a recepção ou carregamento é também é fundamental para que os custos do transporte ferroviário sejam mais atrativos.
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“É por isso que estamos investindo em projetos como da moega exclusiva para descarga ferroviária de granéis sólidos de exportação, o Moegão”, afirma Garcia. A empresa pública também tem incentivado os terminais privados a ampliarem a capacidade para os vagões, nos últimos anos.
Apesar de 83,8% da movimentação de janeiro ainda ser embarcada ou desembarcada de caminhões – o equivalente a 3.483.843 toneladas – a participação do modal rodoviário caiu quase 5%.
Em 2021, nos mesmos 31 dias, 3.173.899 toneladas de carga (88,2%) foram transportadas pelas rodovias do país com sentido aos portos paranaenses ou partindo dos terminais. Além disso, 2,5% da movimentação (104.953 toneladas) foram líquidos, transportados pelo oleoduto.
No primeiro mês deste ano, quase 26 mil caminhões passaram pelo Pátio de Triagem, antes de descarregar soja, farelo e milho no Porto de Paranaguá. A quantidade é mais que o dobro dos 11.096 recebidos em janeiro de 2021.
Das 655.883 toneladas de soja em grão que vieram em caminhões do Interior para descarregar nos terminais do Porto de Paranaguá, antes de seguirem para exportação, 50% (329.058 toneladas) têm origem no próprio Paraná. Na sequência, os principais estados de origem da carga são Mato Grosso do Sul (16%) e Mato Grosso (10%).
De farelo de soja, transportado de caminhão da origem ao porto, foram 225.976 toneladas. Desse volume, 55% são do Paraná (123.509 toneladas), 21% de Goiás e 18% do Mato Grosso do Sul.
Das 177.392 toneladas de milho que chegaram para descarga pelo transporte rodoviário, 75% (133.151 toneladas) tem origem do Paraná, 14% no Mato Grosso e 6%, Mato Grosso do Sul.
Confira a participação – por modal e produto:
CAMINHÕES
MILHO – 158.789 toneladas (73%)
SOJA – 601.572 toneladas (84%)
FARELOS – 271.692 toneladas (79%)
FERTILIZANTES – 827.815 toneladas (94%)
ÓLEOS VEGETAIS – 77.418 toneladas (100%)
DERIV. PETROL. – 334.663 toneladas (76%)
CONTAINER – 845.022 toneladas (89%)
TRIGO – 30.209 toneladas (100%)
ALCOOL/ METANOL – 83.140 toneladas (100%)
AÇÚCAR – 59.088 toneladas (27%)
VAGÕES
MILHO – 58.227 toneladas (27%)
SOJA – 113.275 toneladas (16%)
FARELOS – 73.473 toneladas (21%)
FERTILIZANTES – 56.453 toneladas (6%)
CONTÊINERES – 105.084 toneladas (11%)
AÇÚCAR – 163.047 toneladas (73%)