Seca reflete nos preços do milho
Os preços do milho voltaram a avançar neste início de 2022. A alta reflete as preocupações de vendedores, que estão atentos ao clima predominantemente seco no Sul do País, e a maior demanda de compradores, que voltaram ao mercado, na tentativa de recompor estoques, mas têm encontrado dificuldades para efetivar negócios.
Assim, entre 30 de dezembro de 2021 e 14 de janeiro de 2022, as cotações recebidas pelo produtor (mercado de balcão) avançaram fortes 7,7% e, no mercado de lotes (negociações entre empresas), a alta foi de 6,9%.
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Em algumas praças, a saca de 60 kg chegou a registrar média superior a R$ 100, como é caso de Campos Novos (SC). No Rio Grande do Sul, bastante afetado pela falta de chuva, a saca é comercializada próxima de R$ 100.
Quanto ao Indicador ESALQ/BM&- FBovespa, referente à região de Campinas (SP), a média parcial (até 14 de janeiro), de R$ 94,24/saca de 60 kg, já é 7,1% maior que a de dezembro. No acumulado do mês, o aumento também foi de 7,1%, com o Indicador chegando a R$ 96,77/sc no dia 14.
Os dados oficiais divulgados no início de janeiro já consolidaram o impacto da seca no desenvolvimento e na produtividade das lavouras de milho no Sul do País. Segundo a Conab, a produção da safra verão deve somar 24,78 milhões de toneladas, alta de apenas 0,3% frente à safra 2020/21, mas redução de quase 5 milhões de toneladas em relação às estimativas de dezembro, que apontavam 29 milhões de toneladas. No entanto, no agregado das três safras, a Companhia segue estimando produção 2021/22 acima da anterior.
(FONTE: Cepea)