Relatório do USDA surpreende com novas projeções

Vandre Dubiela
Vandre Dubiela

 

#souagro | O mais recente relatório do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), divulgado nesta terça-feira (12), mostra  um forte impacto das novas projeções em relação aos preços, conforme o analista de mercado da Granoeste, Camilo Motter.

A produção norte-americana de soja veio com projeção acima do esperado pelo mercado, com 121,06 milhões de toneladas, mais de 2 milhões de toneladas acima do volume estimado em setembro. Se confirmada, será a segunda maior safra da história. No ano passado a colheita foi de 114,75 milhões de toneladas.

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Os estoques finais dos Estados Unidos, para 2021/22, tem um salto expressivo: passam a ser avaliados em 8,71 milhões de toneladas, ante 5,04 milhões de toneladas em setembro. Por sua vez, os estoques da estação 2021 ganham um reforço superior a 2 milhões de toneladas, estimados, agora em 6,97 milhões de toneadas (em linha com o volume previsto no relatório trimestral de estoques).

A produção mundial tem incremento de apenas 1 milhão de toneladas em relação ao mês anterior, para 385,1 milhões de toneladas. Os estoques globais, porém, são ajustados de forma agressiva, em mais de 5 milhões de toneladas, para 104,6 milhões de toneladas.

Relatório

Sobre o milho, o USDA também surpreendeu o mercado, ao estimar uma safra ainda maior do que aquela prevista no mês anterior, ao mesmo tempo em que os participantes esperavam certo corte nos índices de produtividade.

A colheita dos Estados Unidos passa a ser avaliada em 381,5 milhões de toneladas, ante 380,9 milhões de toneladas de setembro. No ciclo passado, a produção ficou em 358,5 milhões de toneladas.

Os estoques finais, para 2021/22, são estimados em 38,1 milhões de toneladas, muito acima das expectativas dos negociadores. Para a temporada 2020/21, os estoques finais foram ajustados conforme o relatório trimestral, em 31,4 milhões de toneladas.

Os estoques globais, para 2021/22, voltam a ser estimados acima dos 300 milhões de toneladas (em 301,7 milhões de toneladas), 4 milhões de toneladas acima de setembro. Nesta última estação, os estoques mundiais eram de 290 milhões de toneladas.

As grandes novidades do relatório ficaram por conta do aumento da produção e dos estoques dos EUA, tanto para milho, quanto para soja. Para os demais países, os números ficaram praticamente inalterados.

Com isto, os preços em Chicago voltam a responder com pesadas perdas, notadamente no pit da oleaginosa, que perde neste momento cerca de 20 cents (depois de queda superior a 10 cents no pregão desta segunda-feira). Milho cede algo como 5 cents.

(Sou Agro/Granoeste)

 

(Vandre Dubiela/Sou Agro)

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