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Produtora pede ajuda contra infestação de lagartas

Vandre Dubiela
Vandre Dubiela
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#souagro | Sem saber o que fazer para conter a infestação de lagartas em uma área de pastagem de três alqueires dedicada à alimentação do gado de leite, a produtora Marlene Link, do distrito de Portão do Ocoy, em Missal, procurou o Sou Agro em busca de uma orientação e caminho sobre como deve proceder para exterminar a praga existente na pouca pastagem ainda restante. “Sou pequena produtora e não tenho condições de pagar um engenheiro agrônomo para resolver o meu problema. Preciso de uma orientação, pois a situação está muito difícil. Como se já não bastasse os prejuízos acumulados pela estiagem e falta de água, agora me deparo com essa infestação de lagartas”, comenta a produtora.

A área de pastagem de dona Marlene não é muito extensa. O suficiente para dar conta de 13 vacas das raças Jersey e girolles, além de dois touros e outras menores. “Faz três anos que estou na chácara. Muitos obstáculos já enfrentei: geadas, secas, faltas de água e energia elétrica. Estou tentando me manter com o baixo valor pago pelo preço do leite ao produtor e o elevado custo dos insumos para garantir a produtividade”, comenta dona Marlene.

Segundo a produtora de leite, as lagartas estão acabando com as pastagens não só delas, mas também das propriedades vizinhas. “As lagartas se alimentam mais no período da noite, em que a temperatura está mais amena e menos elevada”, comenta. “A maioria dos pequenos produtores de leite estão desistindo da atividade por conta das dificuldades enfrentadas”.

O engenheiro agrônomo e extensionista do IDR-Paraná em Serranópolis do Iguaçu, Max Sander Couto, é especialista na área de grãos e pecuária de leite. Analisando as imagens e fotos encaminhadas pela produtora, ele acredita que a lagarta que tem provocado sérios danos nas pastagens na propriedade de dona Marlene é a lagarta militar. “É bastante preocupante a quantidade de lagartas atacando a pastagem. É preciso realizar uma estratégia de manejo. Em um primeiro momento, é preciso investir no controle da lagarta. Dependendo da área, eles comem a pastagem como se fosse um rebanho sobre o pasto”, orienta Max. O clorpirifós, por exemplo, é um produto que pode gerar resultados. Lembrando que no Paraná existe uma legislação que, para aplicar o produto, em uma determinada cultura, é preciso registro no órgão de Vigilância Sanitária.

 

 

Para fazer a aplicação, será necessário um pulverizador. “Como está muito quente, recomenda-se realizar este procedimento em um momento mais fresco, de preferência madrugada ou primeiras horas da manhã”. Em um segundo momento – continua ele -, será preciso recuperar a pastagem, uma etapa um pouco mais complicada, pois carece de muita umidade. “No momento que chover, o ideal é lançar no solo 100 quilos por hectare de ureia. Além disso, será preciso coletar uma amostra do solo para avaliar os nutrientes existentes ou os em déficit”. Para ter um suporte mais adequado, Max sugere à produtora ir até o IDR-Paraná de Missal e conversar com Ronaldo ou Fábio.

(Vandré Dubiela/Sou Agro)

(Vandre Dubiela/Sou Agro)

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