Preço futuro da soja na dependência do clima no meio oeste americano

AGRICULTURA

Preço futuro da soja na dependência do clima no meio oeste americano

Sirlei Benetti

11 de junho de 2021 às 11:41

#souagro | O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), divulgou relatório da safra americana. Os números conduzem para 4,405 bilhões de bushels em 2021/2022, ou seja, 119,88 milhões de toneladas. A expectativa do mercado era mais otimista, com 4,405 bilhões de bushels, ou 120,13 milhões de toneladas. “Os preços estão muito sensíveis ao comportamento climático, principalmente envolvendo o meio oeste americano. Os estoques no mundo estão baixos e com demanda consistente”, comenta o analista de mercado da Granoeste, Camilo Motter, em entrevista na manhã desta sexta-feira (11), ao Sou Agro.

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Conforme o relatório, os estoques finais são de 155 milhões de bushels, equivalente a 4,22 milhões de toneladas. Em contrapartida, o mercado apostava em carryover de 139 milhões de bushels, ou 3,78 milhões de toneladas. No mês de maio, o número era de 140 milhões de bushels, referente a 3,81 milhões de toneladas.

A estimativa americana também indica esmagamento de 2,225 bilhões de bushels e exportação de 2,075 bilhões, mesma comparação do número anterior. Com relação à temporada 2020/21, o USDA elevou os estoques de passagem de 3,27 milhões de toneladas para 3,67 milhões de toneladas, acima da expectativa de mercado, de 3,32 milhões de toneladas.

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Ao contrário da soja, o milho apresenta redução dos estoques finais, tanto nos Estados Unidos como em outros países. Nos EUA, para a temporada 2020/21, os estoques passam a ser avaliados em 28,1 milhões de toneladas, ante 31,9 milhões de toneladas do mês passado e, para 2021/22, são previstos em 34,5 milhões de toneladas, contra 38,3 milhões de toneladas de maio. Já, para o mundo, a queda é da ordem de 3,0 milhões de toneladas, em cada uma das temporadas.

O preço da saca de soja caiu em média R$ 4, de ontem para hoje, isso no mercado aberto, passando de R$ 169 para R$ 165. No balcão, essa diferença é de R$ 1. “A grande questão que vai definir os preços futuros é o clima no meio oeste americano”, conclui o analista de mercado. (Vandré Dubiela/Sou Agro)