Soja quebra

Paranhos: Situação de Emergência está em vigor há 119 dias

Vandre Dubiela
Vandre Dubiela
Soja quebra

 

#souagro | Diante do pedido do Sindicato Rural de Cascavel, manifestado em ofício por conta dos prejuízos provocados pelo longo período de estiagem na agricultura e na pecuária, o prefeito de Cascavel, Leonaldo Paranhos, disse em entrevista concedida na tarde desta quarta-feira, ao jornalista Vandré Dubiela, do Portal Sou Agro, que o decreto de situação de emergência por conta da estiagem está em vigor no Município desde 23 de agosto, com prazo de validade de 180 dias, ou seja, prossegue até o dia 23 de fevereiro. “Já tínhamos percebido essa questão da crise hídrica que iríamos enfrentar, já no início de agosto e identificamos que ela seria bem extensa”, disse o prefeito ao Portal Sou Agro. “Então, neste momento, estamos cobertos por esse decreto, que possibilita essa movimentação dos produtores que têm tido prejuízo. Já estamos com essa matéria tratada e não é necessária fazer um novo decreto”. A situação de emergência possibilita ao produtor que prorrogue o prazo de pagamento dos financiamentos contraídos junto às instituições bancárias.

Em nota encaminhada à imprensa, o Sindicato Rural de Cascavel reivindicou à Prefeitura de Cascavel um decreto para instaurar o estado ou situação de emergência no Município. Na ocasião, o vice-presidente do Sindicato Rural, engenheiro agrônomo Modesto Daga, disse que o milho na região já está com 70% de quebra de produtividade. “Já a soja, em Cascavel, pelo menos de 20% a 30%. Se não chover nos próximos 15 dias, aí a quebra será gigantesca. Mas os mais afetados são os produtores de leite e gado de corte, pois o pasto não brotou mais”, afirmou. O documento se inicia contextualizando os problemas, que começaram a se agravar em 2020. “Em 2020 tivemos uma das mais duradouras estiagens que se tem notícia, prejudicando o abastecimento de água para a agricultura, pastagens, animais e a população rural”.

“No ano de 2021 as dificuldades aumentaram, com as longas estiagens se repetindo, somadas às rigorosas e contínuas geadas, comprometendo as principais culturas, como soja, milho e trigo, e também as pastagens e abastecimento de água. Além disso, nesse final de 2021 sofremos com a falta de chuvas, o que agrava a complexa situação no campo, com desabastecimento de água e perdas significativas nas lavouras de soja e milho no ciclo 2021/2022. Os problemas se multiplicam, as quebras na agricultura são visíveis, o que irá causar enormes prejuízos aos produtores de grãos, como também na pecuária de leite e corte”, continua o ofício.

Conforme antecipado pelo Portal Sou Agro, vários sindicatos rurais do oeste e do norte paranaense se movimentam para garantir a situação de emergência nos municípios dessas regiões mais afetados pela seca. O pedido de apoio foi encaminhado para a Câmara de Grãos da FAEP (Federação da Agricultura do Estado do Paraná).

(Vandré Dubiela/Sou Agro)

 

Foto lavoura no RS: Alceu Pedron

 

(Vandre Dubiela/Sou Agro)

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