Soja Estados Unidos

O mercado da soja e do milho pós relatório do USDA

Vandre Dubiela
Vandre Dubiela
Soja Estados Unidos

 

#souagro | O mercado de grãos pós recente relatório do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), divulgado terça-feira. O engenheiro agrônomo Modesto Daga, também vice-presidente do Sindicato Rural de Cascavel), comenta que havia uma expectativa de estoques de passagem bastante expressiva nos Estados Unidos em relação à soja, de mais de 11 milhões de toneladas. “Isso significaria dois meses de garantia de alimentação, de segurança aos estoques de soja”.

 

-> Veja o comentário do analista de mercado Modesto Daga:

 

Clique e siga o portal Sou Agro no Instagram

Entretanto, no relatório apresentado pelo USDA, ocorreu uma inversão nos números, com a redução da produção em 1 milhão de toneladas e em contrapartida, um aumento de consumo de 2 milhões de toneladas. “Com isso, o estoque veio para algo próximo a 9,1 milhões de toneladas, reduzindo a oferta no mercado para o próximo ano e garantindo que isso poderia dar uma reversão nos preços”, salienta Daga. Já para o Brasil, o USDA projeta pós relatório uma produção de 144 milhões de toneladas, extremamente forte para uma cultura que ainda não foi plantada totalmente, na ótica do engenheiro agrônomo.

 

Alerta de temporais nas próximas horas

VÍDEO: Pássaros voltam a se exibir em câmeras

Milho: situação delicada

Já com relação ao milho, a situação é delicada para a safra em estoque, conforme Modesto Daga. “Temos uma projeção de exportação de 22 milhões de toneladas de milho, mas exportamos até agora 12 milhões, restando 10 milhões para deixar o Brasil nos próximos três meses”. Para Daga, se esse milho efetivamente existir no mercado, a probabilidade de ocorrer uma evolução nos preços significativa não é grande. “Além disso, temos uma alíquota de tributação zerada para a importação até o fim do ano. Vamos precisar desocupar os silos até o fim de dezembro e início de janeiro, quando começa a safra de soja. Então, os silos presentes em propriedades, precisam ser desovados e de repente, esta oferta, se estiver muito milho estocado, se é que existe, deve vir para o mercado rápido”, analisa.

Clique e faça parte do grupo de WhatsApp do Sou Agro

Outro fator que pode influenciar diz respeito é a subida do câmbio, que influenciará no preço da importação do milho, tornando-o mais caro e nessa importação, talvez o milho no mercado interno reaja. “Agora, o milho para 2022, o americano aumentou a produção, mas também elevou de maneira substancial a moagem para a produção do etanol”, sintetiza Daga.

(Vandré Dubiela/Sou Agro)

(Vandre Dubiela/Sou Agro)

Entre em um
dos grupos!

Mais Lidas

Notícias Relacionadas