Lideranças cobram governo por alívio emergencial a produtores gaúchos

Fernanda Toigo

Fernanda Toigo

Imagem: Arquivo

O senador Luis Carlos Heinze (PP-RS), integrante da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), e dirigentes de entidades do setor rural se reuniram nesta terça-feira (15) com o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello, para discutir a situação dos produtores rurais do Rio Grande do Sul afetados pelas recentes intempéries climáticas. Durante o encontro, o governo federal indicou que a suspensão das cobranças será limitada e dependerá da elaboração de um diagnóstico detalhado sobre as perdas.

A promessa é realizar um novo encontro — desta vez com representantes dos bancos — para produzir um diagnóstico preciso. A expectativa é que essa reunião ocorra antes do encontro com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, previsto para a próxima quarta-feira (23).

Agro paulista crava 41,7% no volume das exportações

Guilherme Mello afirmou que o governo atuará em duas frentes: uma focada na análise da prorrogação de dívidas de longo prazo e outra voltada à implementação de investimentos preventivos contra eventos climáticos extremos. “Reconhecemos que as mudanças climáticas afetam o Brasil. As secas se repetem. É um desafio nacional, e precisamos criar instrumentos eficazes para mitigar os impactos”, disse Mello.

Durante a reunião, o senador Heinze solicitou a suspensão imediata dos pagamentos por, no mínimo, seis meses. “Já temos relatos de suicídios. A União precisa agir. A prioridade agora é prorrogar as dívidas até que possamos construir uma solução definitiva. São cinco anos de prejuízos bilionários”, afirmou.

O presidente da Cotrijal, Nei Mânica, alertou que, sem ações concretas, o Rio Grande do Sul pode enfrentar um colapso econômico. Na mesma linha, o presidente da Farsul, Gedeão Pereira, declarou que o atual modelo de crédito rural está esgotado e defendeu a criação de um novo sistema que assegure capacidade de investimento aos produtores.

A Fetag-RS reconheceu o esforço inicial do governo, mas avaliou que os recursos disponibilizados até o momento são insuficientes. “É uma bola de neve. Soluções paliativas não resolvem. Precisamos de uma ação estruturante e definitiva”, disse o presidente da entidade, Carlos Joel da Silva.

O presidente da Aprosoja-RS, Ireneu Orth, também cobrou urgência nas medidas. Segundo ele, o país tem o dever de socorrer os produtores gaúchos, que estão entre os pioneiros da agricultura nacional.

O produtor rural Lucas Scheffer alertou que, caso o governo não anuncie ajuda emergencial, o setor deve iniciar uma paralisação a partir de 15 de maio.

(Com FPA)

Autor: Fernanda Toigo

Fernanda Toigo

Fernanda Toigo. Jornalista desde 2003, formada pela Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas de Cascavel. Iniciou sua carreira em veículos de comunicação impressos. Atuou na Assessoria de Comunicação para empresas e eventos, além de ter sido professora de Jornalismo Especializado na Fasul, em Toledo-PR. Em 2010 iniciou carreira no telejornalismo, e segue em atuação. Desde 2023 integra a equipe de Jornalismo do Portal Sou Agro. Possui forte relação com o Jornalismo especializado, com ênfase no setor do Agronegócio.

Entre em um
dos grupos!

Mais Lidas

Mais Notícias