Que tal um aplicativo para controlar pragas do feijão?

Fernanda Toigo

Fernanda Toigo

Foto: Roberto Dziura

O Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná — Iapar-Emater (IDR-Paraná) lançou o aplicativo IDR MIP Feijão para smartphones. É mais uma ferramenta que vem auxiliar os produtores do Paraná, que lidera a produção da leguminosa no Brasil.

“A ferramenta foi criada a partir de solicitações de técnicos e produtores, que enfrentavam dificuldades para decidir com segurança sobre o controle de pragas no feijão”, explica Humberto Godoy Androcioli, um dos desenvolvedores.

Projetado e desenvolvido pela equipe técnica do IDR-Paraná, o aplicativo permite cadastrar vários talhões (inclusive de diferentes propriedades), orienta a coleta de amostras nas lavouras, avalia a necessidade de controle e apresenta uma lista de inseticidas registrados na Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar).

Outro diferencial é o histórico de intervenções: “O produtor pode consultar os produtos já aplicados e evitar o uso repetido de uma mesma substância, reduzindo o risco de resistência das pragas”, acrescenta Androcioli.

Disponível na App Store e no Google Play, o app oferece parâmetros para monitorar infestações e orientar o uso de inseticidas. “É uma solução prática que substitui pranchetas e planilhas complicadas. Tudo está na palma da mão”, destaca o pesquisador.

TECNOLOGIA

O Manejo Integrado de Pragas (MIP) é uma estratégia que combina controle químico, biológico e práticas culturais. Em vez de depender exclusivamente de inseticidas, a técnica valoriza o monitoramento constante, o uso de cultivares resistentes, a rotação de culturas, o manejo do solo e o plantio em épocas adequadas. O objetivo é reduzir perdas, proteger o meio ambiente e diminuir os custos de produção.

PRODUÇÃO

Está começando a colheita da segunda safra de feijão no Paraná. O último dado apresentado pelo Departamento de Economia Rural (Deral) é que já foram retirados os frutos de 3% da área semeada, estimada em 332 mil hectares. Apesar da redução de 24% na área em relação à segunda safra de 2024 (435 mil ha), esta continua superando a área da primeira safra, que teve sua colheita encerrada em março em 166 mil hectares.

A primeira safra rendeu 339,2 mil toneladas. A última estimativa do Deral, apresentada ao final de março, é de que a segunda safra produza 610,6 mil toneladas, ainda que perdurem preocupações com o tempo seco e quente. O Paraná deverá manter sua condição de principal produtor da leguminosa no Brasil, adquirida em meados dos anos 90.

Autor: Fernanda Toigo

Fernanda Toigo

Fernanda Toigo. Jornalista desde 2003, formada pela Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas de Cascavel. Iniciou sua carreira em veículos de comunicação impressos. Atuou na Assessoria de Comunicação para empresas e eventos, além de ter sido professora de Jornalismo Especializado na Fasul, em Toledo-PR. Em 2010 iniciou carreira no telejornalismo, e segue em atuação. Desde 2023 integra a equipe de Jornalismo do Portal Sou Agro. Possui forte relação com o Jornalismo especializado, com ênfase no setor do Agronegócio.

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