IDR lança cultivar de feijão com potencial superior 4,5 toneladas por hectare

Fernanda Toigo

Fernanda Toigo

Foto: IDR

O IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná — Iapar-Emater) apresenta nesta quarta-feira (26) a nova cultivar de feijão preto IPR Tapicuru, em evento dirigido a produtores, técnicos e lideranças do agronegócio. A cerimônia será no Polo de Pesquisa e Inovação de Ponta Grossa, a partir das 8h30. Sementes estarão disponíveis aos produtores já a partir de 2026.

O Paraná é o maior produtor nacional de feijão, alimento fundamental na dieta do brasileiro. A estimativa para este ano é de 520,8 mil hectares cultivados com o grão, consideradas a primeira e a segunda safra, com uma produção esperada de 983,5 mil toneladas.

“O IDR-Paraná entrega aos produtores uma nova opção de alto potencial produtivo, superior a 4,5 toneladas por hectare, e estabilidade de produção em diferentes ambientes de cultivo”, destaca a pesquisadora Vania Moda Cirino, especialista em melhoramento genético vegetal e diretora de Pesquisas da Instituição.

A cultivar é indicada para cultivo no Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Mato Grosso do Sul. De ciclo intermediário, IPR Tapicuru chega à colheita cerca de 87 dias após a emergência. Apresenta boa resistência às principais doenças do feijoeiro, incluindo ferrugem, oídio e mosaico comum, além de tolerância ao ácaro branco, praga que pode comprometer severamente a produção.

Produtores seguem firmes e preços do feijão continuam em alta

O porte ereto e a altura de inserção da primeira vagem, de 25 centímetros, facilitam a mecanização da colheita. A cultivar também demonstrou bom desempenho em sistemas de cultivo orgânico, o que amplia as possibilidades de uso.

O cozimento de IPR Tapicuru é rápido, em cerca de 21 minutos. O produto final tem caldo espesso, achocolatado e muito saboroso, grãos de textura macia que não soltam a casca e, principalmente, alto valor nutricional, com elevado teor de proteína, ferro e fibras.

PESQUISA – Os estudos em feijão foram iniciados no início da década de 1970, pelo antigo Iapar (Instituto Agronômico do Paraná), centro de pesquisa que passou a integrar o IDR-Paraná em 2019, juntamente com o Centro Paranaense de Referência em Agroecologia (CPRA) a Companhia de Desenvolvimento Agropecuário do Paraná (Codapar) e a Emater-PR.

A instituição já lançou 42 cultivares, muitas delas utilizadas por agricultores de todas as regiões produtoras d­o Brasil. As ações do programa de melhoramento genético do feijoeiro enfatizam o desenvolvimento de materiais mais produtivos, de ciclo curto — visando favorecer o plantio em diferentes sistemas de produção —, de bom comportamento frente a pragas e doenças, tolerantes ao calor e à seca e, ainda, com alto valor nutricional.

Autor: Fernanda Toigo

Fernanda Toigo

Fernanda Toigo. Jornalista desde 2003, formada pela Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas de Cascavel. Iniciou sua carreira em veículos de comunicação impressos. Atuou na Assessoria de Comunicação para empresas e eventos, além de ter sido professora de Jornalismo Especializado na Fasul, em Toledo-PR. Em 2010 iniciou carreira no telejornalismo, e segue em atuação. Desde 2023 integra a equipe de Jornalismo do Portal Sou Agro. Possui forte relação com o Jornalismo especializado, com ênfase no setor do Agronegócio.

Entre em um
dos grupos!

Mais Lidas

Mais Notícias