Sindicato Rural teme pela paralisação dos investimentos

Após a suspensão de linhas de crédito subvencionadas do Plano Safra 2024/2025 a Confederação da Agricultura e Pecuária do...

Fernanda Toigo

Fernanda Toigo

FOTO: Arquivo Embracon

Após a suspensão de linhas de crédito subvencionadas do Plano Safra 2024/2025 a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), principal representante do setor no país, reagiu em tom de crítica ao chamado planejamento fiscal do governo federal.

A informação repassada pelo Tesouro Nacional é de que a suspensão ocorreu por  elevação da taxa Selic, e a não aprovação do Projeto de Lei Orçamentária (PLOA) de 2025, que torna mais restrito o recurso disponível para o governo.

Portaria sobre ovos de consumo representa avanço e segurança

Detecção de caso de influenza aviária na Argentina acende alerta

Em Cascavel, no Paraná, o Sindicato Rural diz ter sido surpreendido com a notícia. “Esta suspensão nos preocupa bastante, tendo em vista que muitos produtores estão com financiamentos em andamento. Da parte de custeio, acho que todos foram resolvidos, mas os investimentos demoram um pouco mais. Talvez muitos estão na dependência da liberação de recursos”, observa Paulo Valini, secretário executivo do Sindicato.

A expectativa é que a solução venha rápido. “A gente espera que seja resolvido e a expectativa é de que a FPA deve trabalhar em cima disso. O orçamento precisa ser destravado a toque de caixa, para que não haja paralisação dos negócios na Agropecuária”.

Sindicato Rural de Cascavel repudia a decisão – NOTA OFICIAL

“O Sindicato Rural de Cascavel manifesta seu profundo descontentamento e preocupação com a decisão do governo federal de suspender novos financiamentos subvencionados no âmbito do Plano Safra 2024/25. Essa medida impõe um golpe severo aos produtores rurais, penalizando justamente aqueles que sustentam a economia do país, garantem a segurança alimentar da população e impulsionam o desenvolvimento nacional.

Mais uma vez, em um momento de desequilíbrio fiscal, o governo escolhe punir o setor agropecuário, que mais gera empregos e movimenta a economia, em vez de buscar cortes mais equilibrados ou distribuir os impactos entre diferentes áreas. Essa decisão revela a falta de compromisso com a responsabilidade fiscal e a ausência de valorização daqueles que trabalham incansavelmente para produzir alimentos e riquezas para o Brasil.

A suspensão dos financiamentos compromete diretamente a safra, inviabiliza novos e necessários investimentos no campo e gera um efeito cascata que pode resultar em queda de produtividade, aumento dos custos para o consumidor e desaceleração econômica. Além disso, a justificativa apresentada – a demora na aprovação do Orçamento da União e o aumento dos custos financeiros – não pode recair sobre os ombros dos produtores rurais, que já enfrentam desafios climáticos, logísticos e tributários diários.

Sindicato Rural de Cascavel se une ao clamor do setor produtivo e exige a retomada imediata das contratações e a liberação dos recursos prometidos no Plano Safra, garantindo a previsibilidade e a segurança necessárias para que os agricultores e pecuaristas possam continuar contribuindo para o desenvolvimento do Brasil.”

(Fernanda Toigo/Sou Agro)

Mais Notícias