Eleição de Trump abre janela de oportunidade para agro brasileiro

Fernanda Toigo

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FOTO: Claudio Neves/Portos do Paraná

A confirmação da eleição de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos deu uma chacoalhada no mercado. O dólar comercial terminou o dia em R$ 5,67 e o dólar turismo em R$ 5,90. A tendência ainda é de valorização.

A expectativa, diante dos discursos de Trump propagados ao longo da campanha é da implementação de uma política que deve enrijecer medidas para dificultar as regras do jogo para a China. Trump pretende agir de forma protecionista fomentando a industrialização e geração de emprego e diminuindo importações.

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Este é apenas um dos pontos em que a China pode sair perdendo e tendo que rever a formatação de suas parcerias comerciais. E se os americanos rejeitarem o mercado, o Brasil se coloca no topo para abraçar um cliente em potencial.  Em uma guerra comercial dos EUA com a China, o Brasil se mostra como um caminho frutífero e viável. Em em solo brasileiro que a China poderá buscar suprir a crescente demanda por alimentos e produtos agrícolas, particularmente soja e carne bovina.

A janela de oportunidade é real, mas para aproveitar o momento o Brasil precisa vencer desafios internos, entre eles, o investimento em infraestrutura e melhorias nos ambientes de negócios.

A relação comercial entre Brasil e Estados Unidos movimentou cerca de 36,9 bilhões de dólares em exportações brasileiras em 2023.

Um estudo divulgado pela Associação Nacional de Produtores de Milho (NCGA)  e da Associação Americana de Soja (ASA) aponta que se a China, que hoje é a principal compradora da soja americana e um dos principais destinos do milho, cancelar a atual isenção de tarifas para a agricultura dos EUA, isso faria com que as exportações de soja dos EUA para o país asiático levassem uma queda de até 16 milhões de toneladas, o que equivale a mais de 50% do volume hoje. As exportações de milho cairiam outros de 84%, ou 2,2 milhões de toneladas. As perdas são ainda maiores se a China instituir novas tarifas retaliatórias em uma nova guerra comercial. (Com informações InvestNews)

O USDA já confirmou que o Brasil será responsável por quase 61% da participação no mercado mundial de exportação de soja até 2032. Mas com a imposição de novas tarifas de importação Estados Unidos, o número pode aumentar mais rapidamente,

Autor: Fernanda Toigo

Fernanda Toigo

Fernanda Toigo. Jornalista desde 2003, formada pela Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas de Cascavel. Iniciou sua carreira em veículos de comunicação impressos. Atuou na Assessoria de Comunicação para empresas e eventos, além de ter sido professora de Jornalismo Especializado na Fasul, em Toledo-PR. Em 2010 iniciou carreira no telejornalismo, e segue em atuação. Desde 2023 integra a equipe de Jornalismo do Portal Sou Agro. Possui forte relação com o Jornalismo especializado, com ênfase no setor do Agronegócio.

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