Adiamento do Plano Safra cria clima de insegurança no campo

Fernanda Toigo

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Foto: Freepik

O lançamento do Planto Safra 2024/2025 deveria ter acontecido hoje, mas na véspera, veio a notícia do adiamento. Os produtores terão que esperar até o dia 03 de julho. O intervalo de uma semana a mais significa muito na prática. “Quando o governo anuncia o plano safra, que inclui taxas, recursos e os itens financiáveis, é necessário que o Conselho Monetário aprove algumas regras para que o Manual de Crédito Rural, que é utilizado por todas as instituições financeiras seja alterado também. Anunciar o Plano Safra depois que a edição anterior encerrou sua vigência é horrível e traz prejuízos”, explica Ana Paula Kowalski, técnica do Departamento Técnico e Econômico(DTE) do Sistema FAEP/SENAR-PR.

O setor não entende as razões do adiamento às vésperas. “O Ministério da Agricultura pediu sugestões para as entidades em janeiro. A Faep apresentou em fevereiro, ou seja, com tempo suficiente para análises e definições.

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“Importante ressaltar que os produtores rurais ficarão descobertos durante a primeira semana de vigência do plano, ou seja, todos os problemas que estiverem na proposta inicial ainda precisarão ser corrigidos, o que leva mais tempo ainda para a chegada do crédito real aos produtores. Uma sinalização preocupante do governo federal diante da crise enfrentada pelo setor”, manifestou a FPA.

Já o economista-chefe da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Antônio da Luz, afirma que o adiamento demonstra que o governo federal não se atenta ao calendário agrícola do país e nem com as preocupações dos produtores rurais.“Esse Plano Safra devia ter sido anunciado na primeira quinzena de maio, que é o período correto. Os produtores têm que comprar insumos, produtos para plantar a safra 24/25, ou seja, esse atraso demonstra que o presidente e os seus ministros não estão nem um pouco preocupados com o calendário agrícola, com as necessidades dos produtores, mas sim em fazer política”.

Uma das justificativas para o adiamento foi a necessidade de mais tempo para organizar o evento. Nos bastidores a especulação ainda se dá em torno do valor a ser anunciado. O setor produtivo reivindica R$ 500 bilhões.

Ao mesmo tempo em que o Plano Safra precisava ser organizado o Governo precisou lidar com episódios importantes: a catástrofe no Rio Grande do Sul e na sequência as polêmicas envolvendo o leilão de arroz mal sucedido.

Autor: Fernanda Toigo

Fernanda Toigo

Fernanda Toigo. Jornalista desde 2003, formada pela Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas de Cascavel. Iniciou sua carreira em veículos de comunicação impressos. Atuou na Assessoria de Comunicação para empresas e eventos, além de ter sido professora de Jornalismo Especializado na Fasul, em Toledo-PR. Em 2010 iniciou carreira no telejornalismo, e segue em atuação. Desde 2023 integra a equipe de Jornalismo do Portal Sou Agro. Possui forte relação com o Jornalismo especializado, com ênfase no setor do Agronegócio.

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