Foto: Freepik/Reprodução UTFPR

Salmonela em aves pode estar com os dias contados

Redação Sou Agro
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Foto: Freepik/Reprodução UTFPR

Uma solução inédita pode acabar com o problema da contaminação da bactéria da Salmonela em aviários. Pesquisadores do Campus Toledo desenvolveram uma solução em matriz vítrea que pode ser usada em aplicação úmida (aspersão/borrifação) ou mesmo em pó para sanitização da cama de aviários. A Salmonela é encontrada na flora normal das aves e, além de representar um risco considerável para os consumidores, é um obstáculo significativo para as exportações desta carne.

A inovação foi desenvolvida pelo Grupo de Polímeros e Nanoestruturas e ela não é direcionada apenas para a Salmonella, mas também para outras bactérias e fungos.

O projeto que estuda a síntese de vidros começou a ser estudado pela equipe em 2017 com eles em prata, uma abordagem clássica de usar metais para ação antimicrobiana. Atualmente, neste estudo que identifica o material vítreo para ser usado como ação biocida e sem adição de metais estão envolvidos o professor Ricardo Schneider e a pós-doutoranda Gabrielle Peiter.

Segundo a pesquisadora Gabrielle, a aplicação de vidros como agentes antimicrobianos é um tópico inexplorado. Além disso, a síntese de vidros borofosfatos solúveis em água a baixa temperatura (<400 °C) permite a obtenção dos materiais em condições brandas em relação às condições usualmente empregadas (> 1000 °C). Desta forma, o material vítreo solúvel em água com ação antimicrobiana e amplo espectro de aplicação é um material inovador pois não possui metais caracteristicamente aplicados (Ag, Cu e/ou Zn) para obtenção da ação antimicrobiana. “A capacidade de dissolução em água permite, por exemplo, a obtenção de géis com ação antimicrobiana com desempenho superior ao álcool em gel”, complementa.

O professor Ricardo Schneider destaca que a matriz desenvolvida pode ser obtida em temperaturas significativamente mais baixas do que as usadas na síntese de vidros convencionais. “Isso não apenas viabiliza a ampliação da escala de produção, mas também reduz o consumo energético do processo de síntese’’.

O Programa Nacional de Sanidade Avícola (PNSA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento publicou uma Instrução Normativa nº 78 de 2003, a qual determina que toda granja de reprodutoras de aves deve ser sorológica e bacteriologicamente monitorada para detecção de Salmonella.

Atualmente, segundo pesquisa da Pecuária Municipal, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil é o segundo maior produtor mundial e líder na exportação de carne de frango para mais de 150 países. O Paraná se destaca, contribuindo com cerca de um terço da produção de carne de frango do Brasil.

(Por UTFPR)

(Redação Sou Agro/Sou Agro)

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