O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta terça-feira (7) um convênio com a cooperativa C.Vale e a Prefeitura de Palotina, no Oeste do Paraná, para a construção do novo contorno viário na cidade. O investimento na obra será de R$ 147 milhões. A assinatura aconteceu no evento de inauguração da nova esmagadora de soja da C.Vale, fruto de um aporte de cerca de R$ 1 bilhão da cooperativa.

A obra vai dar mais segurança viária à cidade e aos municípios do entorno, pois desviará o fluxo de caminhões do centro de Palotina e agilizará o transporte de cargas do Oeste do Estado. O projeto prevê que até 2030 mais de 5,5 mil caminhões passem pelos mais de 15 quilômetros do contorno diariamente.

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“O contorno é um desejo, uma necessidade, já de muito tempo da cidade. É um projeto muito moderno, sem interseções viárias, sem sinaleiros, que vai dar velocidade ao fluxo de caminhões, melhorando o trânsito e trazendo mais segurança aos cidadãos e trabalhadores de Palotina”, afirmou o governador.

O convênio prevê que a obra seja conduzida pela cooperativa, o que dá mais celeridade ao empreendimento, com abatimento de impostos proporcionais ao investimento feito pela C.Vale. O município, por sua vez, vai realizar as desapropriações necessárias para a obra.

“Esta é uma obra que estava prevista há muitos anos. Inicialmente, nós herdamos um projeto que era tímido para o crescimento de Palotina e da C.Vale, que em cinco ou dez anos demandaria novas intervenções. Agora nós estamos trabalhando com um projeto mais robusto que suporta o crescimento da região para os próximos 30 anos”, destacou Ratinho Junior.

O projeto inclui pistas de trânsito rápido, rotatórias e conexões nas saídas de Palotina para Assis Chateaubriand e Terra Roxa, pela PR-364, para Umuarama, pela PR-182.

ESMAGADORA DE SOJA

O novo contorno vai atender, também, o aumento na movimentação de caminhões do município com a entrada em funcionamento da nova esmagadora de soja da C.Vale. O empreendimento da cooperativa recebeu R$ 1 bilhão e tem capacidade de processamento de 60 mil sacas de soja por dia, produzindo farelo e óleo para as indústrias de rações da C.Vale. A estrutura ocupa 12 hectares do complexo industrial da cooperativa em Palotina.

“Eu tenho dito que estamos determinados em ser o supermercado do mundo, mas não apenas na produção de grãos. Temos que industrializar esta produção. O que estamos vendo aqui é uma iniciativa que vem ao encontro desta modernização que queremos para o Paraná. É algo que ajuda no valor agregado do produto e gera emprego, mantendo a riqueza na região”, afirmou o governador.

A esmagadora poderá processar cerca de 3 mil toneladas de soja por dia. “É um investimento muito inteligente, já que a C.Vale poderá usar este insumo tanto na produção de leite, de frango, de peixes e de proteína suína, mas também na exportação de óleo e farelo. Isso significa mais renda para o Paraná”, explicou o secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara.

De acordo com o presidente da C.Vale, Alfredo Lang, a esmagadora é a terceira maior do país e a mais moderna do Brasil, gerando quase 600 novos empregos na cidade. Além disso, a cooperativa vai passar a produzir o próprio farelo para a produção de proteína animal. “Nós temos todo um complexo, com produção de grãos e alimentos. Quem ganha com um investimento como este são os nossos associados e a nossa comunidade”, afirmou Lang.

O novo empreendimento terá capacidade para armazenar 4 milhões de sacas de soja em grão e 68 mil toneladas de farelo. Além disso, o complexo contém quatro tanques com capacidade de armazenamento de 12 milhões de litros de óleo de soja.

Segundo o prefeito de Palotina, Luiz Ernesto Giacometti, os investimentos da cooperativa e o acordo assinado pelo Governo do Estado impulsionam a economia e a estrutura da cidade. “Só essa esmagadora vai mobilizar centenas de caminhões por dia trafegando pelo município. Além disso, a atividade da cooperativa gera novos empregos, dá valor à produção. Tudo isso vem para beneficiar o morador de Palotina”, explicou.

Durante o evento, também foi entregue pelo Instituto Água e Terra (IAT) a licença de operação da esmagadora.

(Com AEN)

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(Débora Damasceno/Sou Agro)