Foto: IDR-Paraná

Plantio direto: IDR-Paraná propõe aprimorar conceito por meio de pesquisas

Tatiane Bertolino
Tatiane Bertolino
Foto: IDR-Paraná

“Plantio direto”, “sistema plantio direto”, “sistema de plantio direto”, são algumas entre dezenas das denominações que pesquisadores do IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná) e instituições parceiras encontraram em levantamento feito em artigos de periódicos científicos. Essa questão conceitual gera dificuldades na compreensão dos impactos das tecnologias, seja no campo da pesquisa, ensino e extensão rural, seja na formulação de políticas públicas para o segmento.

“Nessa profusão de denominações, o mesmo ‘nome’ é aplicado a diferentes práticas ou, ao contrário, termos diversos se referindo a um só procedimento técnico”, diz o engenheiro-agrônomo Edivan José Possamai, do IDR-Paraná. “É necessário fazer uma padronização”.

Esse é o mote de um artigo que ele publicou na Revista Brasileira de Ciência do Solo. O estudo partiu de uma ampla revisão do uso dos conceitos de “sistema plantio direto” na literatura brasileira, complementada com dois estudos de caso de situações no Paraná para demonstrar as implicações da miscelânea de conceitos.

De acordo com Possamai, os dois termos são recorrentes entre os profissionais da área, e muitas vezes utilizados de forma pouco precisa. “Por exemplo, ‘plantio direto’ é uma prática conservacionista, já ‘sistema plantio direto’ é um modelo de produção baseado na adoção de rotação de culturas conjugada com o revolvimento mínimo e a manutenção da cobertura permanente do solo”, explica.

Para ele, mesmo a definição de “rotação de culturas” exige maior precisão. “É preciso definir o número de espécies ao longo de uma escala de tempo para sua correta caracterização”, afirma Possamai. O artigo, que está em inglês, pode ser acessado AQUI.

Com AEN

 

(Tatiane Bertolino/Sou Agro)

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