Aplicação de tecnologias resulta em alta produtividade no pasto
No Rio Grande do Sul, os avanços que a Granja Perin obteve no Projeto Elite a Pasto, executado pelo Escritório Municipal da Emater/RS-Ascar de Serafina Corrêa, vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), a tornaram uma unidade de referência. Com isso, hoje também serve para difundir as tecnologias aplicadas e validadas, a fim de que possam ser replicadas ou adaptadas a outras realidades e propriedades. Foi com esse objetivo que a granja sediou um Dia de Campo que contou com a participação de mais de 100 pessoas.
O extensionista rural da Emater/RS-Ascar Carlos Treviso e o produtor Gilson Perin apresentaram a propriedade, relatando a história e os avanços na atividade, que começou do zero, quando seu pai, Roque, se mudou para a região para trabalhar em uma granja de suínos e, mais tarde, teve a oportunidade de adquirir uma área de terra. Com o trabalho da família e a aplicação de tecnologias em pasto, a sucessão familiar está consolidada, com Gilson Perin assumindo a propriedade. A granja Perin conta hoje com 28 vacas em ordenha, em um rebanho total de 59 animais, no sistema à base de pasto com suplementação.
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Integrante do projeto Elite a Pasto desde 2020, a propriedade serve para a avaliação a campo de uma série de tecnologias, como variedades de cereais de inverno para pastejo ou silagem da Embrapa, demonstrando seu potencial, gramíneas em sobressemeadura em tífton 85 e o sistema Rotatínuo, além de fazer parte de um trabalho de dietas de alto pasto que permite alcançar as altas produtividades que a propriedade trabalha.
O extensionista rural da Emater/RS-Ascar Leandro Ebert lembra que os sistemas de base pasto são conhecidos por trabalhar com produtividades medianas ou baixas, com a vantagem do custo baixo. No entanto, com as tecnologias aplicadas no Elite a Pasto, como o Rotatínuo, as dietas de alto pasto, adubação de sistemas, por exemplo, a granja tem conseguido alta produtividade, com alto consumo de pasto, associada ao baixo custo, o que é um diferencial. “A Granja Perin trabalha com uma média anual na faixa de 24l/vaca/dia, com vacas Jersey e duas ordenhas ao dia. A margem de lucro fica na faixa de 40-50% do faturamento, conforme dados informados no aplicativo GTLeite, da Emater/RS-Ascar em Serafina Corrêa”, ressalta.
As quatro principais forrageiras utilizadas pela família, suas características, potencial e manejo, visando um planejamento forrageiro na produção leiteira com lucratividade, foram tratadas pelo chefe de transferência de tecnologia da Embrapa Trigo, Giovani Faé. As cultivares apresentadas são trigos, cevada e triticale, com variedades para silagem que possibilitam alta conversão em leite e o trigo BRS Reponte, cultivado no outono, que com isso permite fazer três safras de silagem na mesma área por ano.
(Com Emater/RS)