Produtores da região Sul devem ficar atentos à escolha correta de cultivares durante o El Niño

Emanuely
Emanuely

De acordo com relatório divulgado pelo Centro de Previsão Climática da Administração Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA), o fenômeno climático El Niño está de volta e deve afetar o clima em vários países. A mesma previsão já havia sido feita em abril pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), que indicava, inclusive, que o Brasil seria afetado. Segundo especialistas, o fenômeno traz maior probabilidade de chuvas nos estados do Sul do país, especialmente no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, com possibilidade de cheias e enchentes.

Segundo o consultor de desenvolvimento de produtos na TMG – Tropical Melhoramento & Genética – empresa brasileira de soluções genéticas para algodão, soja e milho, que busca trazer inovação ao campo, Fernando Arnuti, os produtores que atuam na região Sul devem ficar atentos para escolher cultivares com maior resistência e melhor performance em áreas que sofram com excesso de precipitações.

“O El Niño pode interferir em todo o ciclo da produção agrícola, desde a semeadura até a colheita. Pensando na soja, por exemplo, durante a semeadura, o solo pode estar muito encharcado, o que deixa a cultivar exposta a muita umidade e suscetível a ataques de fungos, principalmente a fitóftora, podendo ser necessário replantar a área toda”, diz Arnuti, que explica ainda que “quando há necessidade de ressemeadura, o agricultor perde produtividade, porque sai da janela ideal de plantio e tem prejuízo financeiro, pois precisa comprar mais sementes para suprir as áreas afetadas”.

Ferrugem asiática

De acordo com Arnuti, a ferrugem asiática é muito frequente em vários estados do país, mas nas épocas com maior volume de chuvas, o cenário pode piorar, principalmente em janeiro e fevereiro, quando a soja já está em crescimento. “O El Niño pode aumentar ainda mais os focos de ferrugem asiática nas lavouras porque tende a oferecer as condições climáticas necessárias para o desenvolvimento e proliferação da doença”, diz.

(Com CDI Comunicação)

(Emanuely/Sou Agro)

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