Foto: Sou AGro

Para evitar perdas, produtores de peixes precisam ter cuidados especiais no frio

Débora Damasceno
Débora Damasceno
Foto: Sou AGro

Chegou o inverno e a preocupação aumenta na pscicultura. Os produtores ficam de olho porque o frio também impacta os peixes.

A maior consequência do frio para os peixes é a diminuição do metabolismo, o que faz eles reduzirem a necessidade de se locomover e de se alimentar. Fazendo com que os peixes tenham menos fome e se alimentem com menor frequência, ou até mesmo parem de comer. Nos ambientes de piscicultura, esse jejum acaba sendo prejudicial aos criadores, pois torna o crescimento dos peixes muito lento.

Mas para explicar para vocês um pouquinho sobre isso eu conversei com o Edmilson Zabot que é produtor de peixes e falou para gente quais são as principais preocupações nessa estação do ano.

“A psicultura é agro também ela enfrenta os mesmos problemas que todas as outras cadeias de proteína e cultivo de grãos sofrem. Período de inverno para a psicultura, para a produção de tilápia que nós somos a grande referência para o Brasil, para o mundo é um desafio para o manejo. Inverno, nós não temos como fazer ganho de peso porque nós temos que reduzir a alimentação porque ela não consegue transformar isso em proteína. Mas principalmente o cuidado com as doenças que nesse período entram. Nós temos várias doenças já em função do aumento da produção, mas que no inverno a tendência é aparecer muito mais. E aí entra o papel do proprietário ou do seu funcionário que cuida dessa atividade. Observar todas as semanas a temperatura da água. Nessa temperatura a gente define a quantidade de ração que a gente vai disponibilizar. Por quê? Se a gente não tiver muita ração, o peixe vai ter dificuldade de transformar isso e ele vai perder oxigênio, vai perder a força de sobrevivência”, explica Zabot.

Ou seja, né gente é importantíssimo o manejo correto para evitar perdas na produção de peixes. A baixa temperatura também pode aumentar o risco de que os peixes fiquem doentes.

“Isso tudo é manejo, o produtor precisa estar atento e principalmente quem é da integração, quem não é da integração, procurar através dos seus técnicos a orientação. Nós temos muitos produtores que nos últimos anos entraram na atividade, são novos na atividade e poderão ter uma surpresa desagradável se ele tiver uma perda. Principalmente dos alevinos quando ele aloja nesse período. O período do alojamento tem que ser muito criterioso. Nós temos que tomar um cuidado de quem nós compramos esses animais, esses alevinos, nós temos que cuidar com a questão sanitária tudo isso é fundamental é uma atividade muito importante está em franco crescimento mas que muita gente que entrou na atividade não domina ainda a técnica de manejo não domina as consequências porque o peixe ele só vai apresentar que ele está mal a partir do quinto, sexto dia em diante e aí já é tarde para os trato”, detalha.

Outro cuidado bem importante é na aeração para que os peixes se movimentem e o produtor não tenha prejuízos com a produção.

“A aeração, por exemplo, nós temos pouca incidência do sol, é importante que ele vai auxiliar na oxigenação do tanque, auxiliando o peixe a transformar aquela comida que ele se alimentou em carne, e ele precisa de um apoio. A diminuição do oxigênio no período de inverno é gigantesca. Por isso a aeração. Ele vai ter custo de energia, infelizmente é um momento que nós vamos gastar mais e receber menos. Mas nós vamos recuperar isso lá na frente quando chegar o verão. Mas se ele perder animais agora o prejuízo é gigantesco. Nós já perdemos por falta de energia elétrica. Mas perder peixe hoje por falta de manejo, por falta da mão de obra ou do cuidado do produtor não é mais admissível. Ele tem que conhecer, ele tem que buscar. E nós temos ferramentas para isso, nós temos técnicos a campo, nós temos as empresas ligadas a isso, é fácil de buscar, não deu, procure o vizinho como ele está trabalhando. Muita gente entrou na atividade porque é uma atividade diferente, mas que ela também exige os mesmos cuidados que uma lavoura de milho ou de soja ou a produção de frango ou de suíno”, finaliza Zabot.

 

(Débora Damasceno/Sou Agro)

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