Foto: reprodução redes sociais

Buscas não param: última vítima da explosão ainda não foi encontrada

Débora Damasceno
Débora Damasceno
Foto: reprodução redes sociais

O trabalho das equipes de buscas não para em Palotina no Oeste do Paraná. Desde a explosão registrada nesta quarta-feira (26) a procura pelas vítimas não parou.

O acidente registrado na unidade de grãos da C.Vale terminou com oito mortes, 11 feridos e um desaparecido. Segundo o Sindicato Dos Trabalhadores Na Movimentacao De Mercadorias (Sintomege), a vítima que não foi encontrada é Alfred Celestin.

 

Ele estaria abaixo de aproximadamente 10 toneladas de grãos de milho. E agora o foco é retirar toda essa carga: “Os trabalhos no momento são referentes a retirada do volume de grãos de milho do silo 3 para que se garanta acesso até a última vítima. A retirada do milho é realizada de maneira mecânica de forma lenta e gradual e não será interrompida até o encerramento da operação”, detalhou o major do Corpo de Bombeiros Zajac.

“O Corpo de Bombeiros e a C.Vale segue com as buscas à última pessoa desparecida na explosão dos silos da unidade de grãos da cooperativa em Palotina, oeste do Paraná. Até agora o IML liberou apenas o corpo de Saulo da Rocha Batista, de 53 anos, para os atos fúnebres. As outras sete vítimas aguardam liberação da polícia cientifica.
Saulo trabalhava como assistente operacional na C.Vale desde agosto de 2006. Ele deixa esposa Maria Aparecida e um filho, Vitor, de 27 anos. O velório está acontecendo na funerária Bom Jesus, em Palotina. Sepultamento previsto para amanhã (28), em horário a ser definido”, diz a última nota da C.Vale.

VÍTIMAS FATAIS

Haitianos 

Michelet Louis, de 41 anos;
Jean Michee Joseph, de 29 anos;
Jean Ronald Calix, de 27 anos;
Donald ST Cyr, de 24 anos;
Wicken Celestin, de 55 anos;
Eugênio Metelus, de 52 anos;
Reginald Gefrard, de 30 anos.

Brasileiro

Saulo da Rocha Batista, de 53 anos.

A EXPLOSÃO

O fato aconteceu nos barracões que ficam no complexo ao lado da sede da cooperativa e do hipermercado. O Corpo de Bombeiros foi chamado ao local para auxiliar no atendimento e equipes de socorro de outras cidades também foram acionadas. O helicóptero do samu também está auxiliando no atendimento.

Os moradores sentiram tremor em vários pontos da cidade logo depois começaram a surgir vídeos mostrando a fumaça e os destroços do barracão. Após o incidente, o incêndio, causou a nuvem de fumaça que se espalhou pela cidade.

POSSÍVEL CAUSA

poeira combustível, também conhecida como poeira explosiva, é um subproduto criado a partir de processos de fabricação que envolvem matérias-primas combustíveis. Esses materiais incluem madeira, metais leves, vários tipos de produtos químicos, mas também produtos agrícolas, como grãos, especiarias e tabaco.

E essa pode ter sido a causa da explosão na unidade de grãos. A informação foi dada pelo capitão do Corpo de Bombeiros Guilherme Rodrigues: “Provavelmente essa é uma explosão por pó. Então esse é um ambiente confinado, ele é extremamente perigoso, existem partículas de pó em suspensão no ar, essas partículas são combustíveis, então qualquer fagulha pode gerar uma explosão. Então essa primeira explosão feita próximo ao armazém número três, gerou explosão nos outros quatro armazéns próximos. Então nós temos quatro armazéns com explosões e estruturas colapsadas”, disse.

O que é uma explosão de poeira?

As partículas de poeira combustível são praticamente invisíveis ao olho humano, mas são um perigo em muitos locais de trabalho e indústrias.  A explosão de poeira é o resultado de altas concentrações de partículas de poeira combustível queimando rapidamente dentro de um espaço fechado.

Quando misturadas com oxigênio, essas partículas finas podem ser inflamadas ao entrar em contato com uma faísca, brasa de metal, ponta de cigarro ou outra fonte de ignição. Este processo de combustão rápida é conhecido como deflagração e resulta numa onda de ar de alta pressão.

Conforme a onda de ar explode para fora do seu espaço fechado, provavelmente irá desalojar ou levantar poeira combustível em outras partes da instalação. Isso irá misturar a poeira com o oxigênio do ar, o que tornará a explosão maior e, potencialmente, alimentará uma segunda explosão de poeira – ou mesmo várias.

Algumas delas podem ocorrer dentro de outras máquinas ou recipientes, conforme a onda de pressão e o fogo se propagam pelo sistema de condutas.

 

(Débora Damasceno/Sou Agro)

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