Foto: Canva/Sou Agro

Baixa no preço do milho ameniza custo da produção leiteira, mas cenário está longe de ser o ideal

Débora Damasceno
Débora Damasceno

Se tem uma coisa que tem tirado o sono do produtor rural é a cotação do milho. Mas não é para menos, no Paraná por exemplo, os preços estão abaixo do R$ 50 operando em uma média estadual de R$ 49.

E isso afeta todo mercado, inclusive o da produção animal, já falamos sobre a questão das aves, mas também temos o caso do leite em que as vacas precisam do cereal para se alimentar. É que os alimentos concentrados desempenham um papel importante na produção de leite, tanto do ponto de vista nutricional quanto econômico, principalmente para a produção animal. Portanto os preços do milho e do farelo de soja, por exemplo, tem peso importante na formação dos custos de produção do leite e consequentemente na rentabilidade da pecuária leiteira.

 

Para entender como acontece esse reflexo, é importante ouvir quem entende do assunto. Por isso, Ronei Volpi que é presidente da Câmara Setorial do Leite da Faep, presidente do Conseleite, veterinário e produtor de leite foi quem conversou com a gente. Ele explica que essa queda no preço do milho pode amenizar o custo de produção.

“A questão dos insumos na pecuária leiteira, soja e milho, composição das rações, dos concentrados, significam praticamente cinquenta por cento dos custos de produção de leite. No ano passado e durante a pandemia nós assistimos assim um  aumento que dobrou os valores de milho e soja e dos insumos. Mais recentemente caiu bastante os valores então dos preços tanto de milho como de soja e também dos insumos, isso vem amenizar um problema de custo de produção para pecuária leiteira. Ou seja, nós vamos ter uma uma amenizada de custos de produção em função dos concentrados”, explica.

Mas segundo Ronei, mesmo com a queda no custo de produção este está longe de ser um bom cenário.
“Isso não é permanente e também nós temos que ter em consideração que não é só isso que aumenta nossos custos, é mão de obra, impostos, uma insegurança jurídica muito grande agora com relação a reforma tributária e tudo isso faz com que nós continuamos tendo insegurança apesar repito as nossas ineficiências por exemplo, nós temos muitas indústrias ociosas o que aumenta o nosso custo também na atividade leiteira”, detalha.

(Débora Damasceno/Sou Agro)

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