Exportações de etanol devem ter crescimento moderado, aponta artigo

Emanuely
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Quais as perspectivas das exportações de etanol no Brasil até 2031? Em artigo publicado na Revista de Política Agrícola, equipe da Embrapa Territorial aponta uma tendência de aumento gradual, à taxa média de 1,7% ao ano. Os autores ponderam que o horizonte de crescimento é relativamente modesto. Barreiras tarifárias e não tarifárias que limitam a conversão desse biocombustível em commodity impedem que as exportações brasileiras sejam maiores.

Na 26ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP-26), o Brasil comprometeu-se  a reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE) em 50% e a aumentar para pelo menos 45% a participação das fontes renováveis na matriz energética, até 2030. Para cumprir essa meta, uma das estratégias é aumentar a produção de etanol para 50 bilhões de litros anuais, o que impacta os cenários de  exportações do produto. “As perspectivas para a exportação de etanol passam pelas metas da COP-26, pelo balanço entre produção e consumo e pela padronização das commodities”, pontua a analista Daniela Tatiane de Souza, da Embrapa Territorial, uma das autoras do artigo.

Em 2021, a produção nacional ficou próxima a 30 bilhões de litros e o consumo atingiu 27,4 bilhões de litros. A produção precisaria aumentar em mais de 80% para o País atingir o compromisso firmado com a COP-26. Transformar o etanol em commodity poderia favorecer as negociações nos mercados futuros, com melhor rentabilidade. Para isso, contudo, será necessário padronizar o produto, gerado, hoje, em mais de 400 usinas.

Para o incremento da produção, uma dificuldade é a capacidade atual de produção das usinas, que está perto do limite. “Vamos precisar de mais usinas”, avalia o pesquisador José Dilcio Rocha, também autor do artigo. Ele lembra que também poderá haver demanda pelo etanol como matéria-prima para outros produtos, como bioquerosene de aviação.

Na análise feita pela Embrapa Territorial, foram consideradas premissas e metas delineadas pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), ajustadas para o ano de 2021. O trabalho também levou em conta informações de mercado fornecidas pela Única e fatores técnicos de conversão de cana-de-açúcar e etanol divulgados pelo Consecana. Clique aqui para ler o artigo.

(Com EMBRAPA)

(Emanuely/Sou Agro)

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