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Rio Grande do Sul quer exportar noz-pecã para a China

Tatiane Bertolino
Tatiane Bertolino
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Entidades da cadeia produtiva de pecanicultura  – noz-pecã – estão se articulando para que uma missão chinesa venha ao Brasil para estabelecer acordos sanitários que permitam a exportação da noz-pecã ao país asiático. O assunto foi tratado durante a reunião da Câmara Setorial da Noz-pecã, realizada nesta quarta-feira (10/05) pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi).

O presidente do Instituto Brasileiro de Pecanicultura (IBPecan), Eduardo Bastos, informou que todos os trâmites já foram feitos junto ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) para que seja agendada a visita técnica da China ao país, para inspeção de propriedades e indústrias ligadas à cadeia da pecanicultura.

“É um grande mercado e que atenderia o consumo que o Brasil precisa. Da produção mundial de 330 mil toneladas de noz-pecã, só a China importa 50 mil toneladas. Temos capacidade para exportar duas mil toneladas, o que seria uma brincadeira para a China”, contou.

Como encaminhamento, a Câmara Setorial deverá enviar ofício ao Ministério da Agricultura, solicitando apoio no agendamento da visita da missão chinesa e nos procedimentos de vistoria em empresas de menor porte, para que estas possam obter certificação de exportação.

Insumos agrícolas prioritários para minor crops
Por iniciativa do comitê gestor da Câmara Setorial, um levantamento está sendo conduzido junto a diferentes atores da cadeia produtiva para elaborar uma lista de produtos agrotóxicos ou biológicos que tenham eficácia na cultura da noz-pecã para controle de pragas e doenças. O setor se somou a outras culturas com pequenas áreas de cultivo, chamadas de minor crops, que também carecem de produtos registrados junto ao Ministério da Agricultura autorizados para uso em seus cultivos específicos.

“Temos um número pequeno de produtos relacionados no minor crops, que não dão o suporte necessário que a cultura da noz-pecã precisa. Também há indicação de produtos que temos dificuldade de encontrar no mercado. A ideia é buscarmos, dentro da priorização e informação dos pesquisadores e técnicos a campo, produtos que possamos organizar em conjuntos para combater diferentes problemas fitossanitários da noz-pecã”, explica o coordenador da Câmara Setorial, Jaceguay Barros.

O levantamento deve ser retornado ao comitê gestor até 15 de maio. Com a construção dessa lista, a intenção é buscar empresas que sejam detentoras desses ativos e produtos, solicitando a elas que ampliem o escopo de utilização do insumo, incluindo a cultura da noz-pecã.

Levantamento da Pecanicultura no Estado
O extensionista da Emater/RS-Ascar Antônio Borba informou que, nos próximos seis meses, a entidade, junto com a Embrapa e a Secretaria, fará o planejamento de um levantamento sobre a pecanicultura no Rio Grande do Sul, com coleta de diversos dados sobre a cadeia, incluindo o georreferenciamento das unidades produtoras.

“O levantamento deve entrar no contrato da Emater com a Secretaria, para sua realização ocorrer em 2024. Será uma ferramenta de planejamento importante para a cadeia produtiva, porque nos permitirá ter uma visão especializada dos pomares, onde estão localizados e em quais áreas do Estado há mais produção”, concluiu.

Participaram da reunião representantes das seguintes instituições: Banco do Brasil, Banrisul, Divinut, Emater/RS-Ascar, Embrapa, IBGE, Instituto Brasileiro de Pecanicultura (IBPecan), Pecanita, Pitol, Receita Estadual, Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec) e Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).

Com Secretaria de Agricultura do Rio Grande do Sul

(Tatiane Bertolino/Sou Agro)

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