Foto: Mapa

Formulação do novo Plano Safra e abertura de mercados de exportação são debatidas em audiência pública no Senado

Tatiane Bertolino
Tatiane Bertolino
Foto: Mapa

Formulação do novo Plano Safra e abertura de mercados de exportação foram debatidas em audiência pública no Senado, nesta quinta-feira (04). O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, participou de audiência pública na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) para falar sobre os programas prioritários do Mapa para os próximos anos. A reunião contou também com a participação do ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira. Ele pontuou algumas das prioridades do ministério que incluem a formulação do novo Plano Safra 2023/2024 e a abertura de novos mercados de exportação.

Em 120 dias, foram abertos 17 novos mercados de exportação para o Brasil e lembrou que o país passou por uma crise mundial sem que houvesse nenhum caso de gripe aviária, fato que demonstrou a capacidade sanitária brasileira e gerou oportunidades de ampliação de mercados.

“Recebemos uma carta do órgão de alfândega sanitária do governo Chinês que, além de desembarcar e fazer novas habilitações, reconheceu nosso sistema de defesa, ressaltando a transparência e a agilidade de nossas operações, Isso dá segurança aos compradores e nos abre a possibilidade de discutirmos a revisão do protocolo de embargo a novos casos de vaca louca”, afirmou.

Ele também avaliou que o mercado está cada vez mais exigente e que o desafio é tirar o mito de que o produtor rural brasileiro desrespeita o meio ambiente. “A retórica é de que os produtores brasileiros não respeitam o meio-ambiente que vão destruir a Amazônia e que não dão atenção à qualidade da sustentabilidade, o que não é verdade. Os produtores são ordeiros, legalistas e cumprem o código florestal e as legislações trabalhistas”, disse.

Plano Safra

Diante desse cenário, Carlos Fávaro considerou que o novo Plano Safra será inovador. O Plano será ancorado no programa ABC – Agricultura de Baixo Carbono, com a ideia de promover um sistema de reconhecimento e premiação pelas boas práticas do agricultor.

“Estamos planejando o Plano Safra com a ministra Marina Silva e o ministro Paulo Teixeira. Vamos discutir as premiações que podem ser aumento de limites, diminuição da taxa de juros e a ideia é ter de 70% a 80 % do Plano reconhecido como agricultura de baixo carbono”, disse o ministro ao responder aos questionamentos dos senadores que se mostraram preocupados com o impacto das novas regras do Plano Safra.

Expectativas

Outro assunto abordado por Fávaro foram as previsões para a agropecuária brasileira. Em sua análise, as condições anteriores de tranquilidade e prosperidade, com preços de commodities elevados, garantindo boa rentabilidade aos produtores, não terão continuidade. Por essa razão, ele disse que será preciso criar políticas públicas efetivas e rápidas e aprovar medidas para garantir mais competitividade e manter os produtores ativos.

Entre outros assuntos levados pelos senadores e analisados pelo ministro Carlos Fávaro estão a transferência de vinculação da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) do Ministério da Agricultura (Mapa) para a pasta do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA). Sobre isso, os ministros das duas pastas concordam que o compartilhamento de atribuições seria uma boa medida. A questão da melhoria da logística de escoamento e armazenagem da produção, a segurança no campo, a regularização fundiária e também foram analisadas pelo ministro.

Fávaro concluiu sua participação falando sobre a importância da aproximação com o Congresso Nacional e reiterou a sugestão para realizar reuniões mensais para ouvir as demandas dos parlamentares referentes a seus estados.

Com Mapa

(Tatiane Bertolino/Sou Agro)

Entre em um
dos grupos!

Mais Lidas

Notícias Relacionadas